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Zuckerberg fala a funcionários do Facebook que Biden venceu eleições, diz site

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook - Chesnot/Getty Images
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook Imagem: Chesnot/Getty Images

13/11/2020 08h39

WASHINGTON, 13 NOV (ANSA) - O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou aos seus funcionários ontem que Joe Biden foi o vencedor das eleições presidenciais norte-americanas da última semana e que o pleito foi "honesto", informou o portal "BuzzFeed News".

O site obteve o áudio do encontro virtual, que ainda incluiu discussões sobre a disseminação de notícias falsas na plataforma. A pergunta sobre o resultado do pleito ocorreu em um momento em que Zuckerberg foi questionado sobre como seria a relação do Facebook com a nova administração.

"Eu acredito que o resultado da eleição agora é claro, e Joe Biden será o nosso próximo presidente. É importante que as pessoas tenham confiança que as eleições foram fundamentalmente honestas, e isso também vale para as dezenas de milhões de pessoas que votaram em [Donald] Trump", disse segundo o portal.

O fundador da rede social ainda foi questionado sobre a recontagem dos votos, que é alvo das principais fake news sobre o pleito —incluindo a que mais ganhou força entre os apoiadores, de que pessoas mortas tiveram cédulas contabilizadas.

"Parte do que estamos vendo são pessoas que estão pedindo pela recontagem de votos e disputas legais, o que, na maior parte dos casos, é o direito delas e algo que você vê com muita frequência em eleições. Mas, eu acho que é também bastante inútil que as pessoas elevem suas expectativas de que haverá um resultado diferente do projetado", destacou.

Na noite de ontem, uma série de autoridades eleitorais de diversos estados norte-americanos publicaram uma nota conjunta em que afirmam que "não há nenhuma prova" de qualquer tipo de alteração ou fraude na contagem dos votos.

No entanto, a campanha de Trump continua com o discurso de que houve "fraude" e não reconhece a vitória de Biden —impedindo, inclusive, a equipe de transição de acessar dados, orçamentos e prédios do governo federal.

Fake news

Sobre essa postura de Trump, que inclusive foi apontado por uma pesquisa recente de ser o maior disseminador de notícias falsas nas redes sociais nos EUA, Zuckerberg reconheceu que isso é "um desafio".

Diferentemente de 2016 --e muito por pressão de grandes empresas que começaram a boicotar suas postagens pagas nas redes sociais administradas por ele, Facebook e Instagram --a plataforma começou a deletar postagens do republicano e de sua campanha eleitoral consideradas falsas ou que incitavam a violência neste ano.

Por isso, tanto as redes de Zuckerberg como o Twitter e o Google foram alvos do presidente republicano, que baixou um decreto que limita a proteção das redes sociais no país por conta do conteúdo postado por usuários, e também do Congresso, que estuda a alteração ou até mesmo a abolição da seção 230 da Lei de Decência das Comunicações.

Os senadores e deputados discutem, exatamente, sobre qual a responsabilidade que as plataformas têm sobre o que seus usuários publicam nelas.