Governo da Etiópia anuncia 'ataque final' contra rebeldes
ROMA, 26 NOV (ANSA) - O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2019, informou que o Exército do país irá lançar o "ataque final" da operação de guerra contra os rebeldes de Tigré, noticiou o site da BBC África.
O confronto já se arrasta por semanas, com ataques pontuais dos dois lados, mas até o momento, segundo o portal, ainda não há sinal de uma ação mais forte contra a capital da região, Macallé, uma cidade de 500 mil habitantes.
O anúncio deixou a Organização das Nações Unidas (ONU) em alerta para possíveis "crimes de guerra" caso o ataque se concretize.
Para tentar uma negociação entre os representantes da Frente de Libertação do Povo de Tigré (TPLF), partido que governou a política etíope por décadas e que apoia os rebeldes, e o atual governo de Adis Abeba, a União Africana enviou uma missão de paz.
O grupo inclui Joaquim Chissano, Ellen Johnson Sirleaf e Kgalema Motlanthe, respectivamente, ex-presidentes de Moçambique, Libéria e África do Sul. No entanto, até o momento, Ahmed se negou a iniciar conversas com os líderes do TPLF. O confronto já deixou mais de 600 mortos, segundo dados oficiais, e milhares de desabrigados.
Os rebeldes são contrários ao acordo de paz firmado com a Eritreia, pelo qual o premiê recebeu seu Prêmio Nobel, e também protesta contra o adiamento das eleições gerais por conta da pandemia de coronavírus Sars-CoV-2. O confronto bélico foi iniciado, de fato, após milícias tigrinas terem atacado um quartel militar do Exército em Macallé, no dia 4 de novembro.
(ANSA).
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O confronto já se arrasta por semanas, com ataques pontuais dos dois lados, mas até o momento, segundo o portal, ainda não há sinal de uma ação mais forte contra a capital da região, Macallé, uma cidade de 500 mil habitantes.
O anúncio deixou a Organização das Nações Unidas (ONU) em alerta para possíveis "crimes de guerra" caso o ataque se concretize.
Para tentar uma negociação entre os representantes da Frente de Libertação do Povo de Tigré (TPLF), partido que governou a política etíope por décadas e que apoia os rebeldes, e o atual governo de Adis Abeba, a União Africana enviou uma missão de paz.
O grupo inclui Joaquim Chissano, Ellen Johnson Sirleaf e Kgalema Motlanthe, respectivamente, ex-presidentes de Moçambique, Libéria e África do Sul. No entanto, até o momento, Ahmed se negou a iniciar conversas com os líderes do TPLF. O confronto já deixou mais de 600 mortos, segundo dados oficiais, e milhares de desabrigados.
Os rebeldes são contrários ao acordo de paz firmado com a Eritreia, pelo qual o premiê recebeu seu Prêmio Nobel, e também protesta contra o adiamento das eleições gerais por conta da pandemia de coronavírus Sars-CoV-2. O confronto bélico foi iniciado, de fato, após milícias tigrinas terem atacado um quartel militar do Exército em Macallé, no dia 4 de novembro.
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