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Índia inicia megacampanha de vacinação contra Covid

16/01/2021 10h49

ROMA, 16 JAN (ANSA) - A Índia iniciou neste sábado (16) uma megacampanha de vacinação contra o novo coronavírus que prevê imunizar 300 milhões de pessoas, ou 22% da população nacional, até o fim de julho.   

O programa de vacinação está sendo realizado em 3 mil centros espalhados por 700 distritos, com prioridade para trabalhadores da área da saúde.   

"Estamos lançando a maior campanha de vacinação e mostrando ao mundo nossa capacidade", disse o primeiro-ministro Narendra Modi em pronunciamento à nação.   

Ashutosh Chaturvedi, enfermeiro de 31 anos de idade que trabalha no Hospital Max, de Nova Délhi, foi o primeiro a ser imunizado.   

Ele contou à rede britânica BBC que está na linha de frente contra a pandemia desde abril de 2020.   

"Não vejo minha esposa e minha filha de nove meses desde então.   

Daqui a um mês, quando tiver recebido a segunda dose, vou visitar minha família", disse.   

A campanha na Índia começou com duas vacinas: a Covishield, versão local do imunizante da Universidade de Oxford e da AstraZeneca, e a Covaxin, desenvolvida pela empresa indiana Bharat Biotech.   

Com 1,3 bilhão de habitantes, a Índia tem o segundo maior número de casos do novo coronavírus em números absolutos (10,54 milhões) e a terceira maior cifra de mortes confirmadas (152.093).   

Brasil - O governo brasileiro tem um acordo para importar 2 milhões de doses da Covishield da Índia e planejava enviar um avião para buscar o carregamento neste fim de semana.   

No entanto, segundo o presidente Jair Bolsonaro, a entrega das doses vai atrasar alguns dias, "até que o povo comece a ser vacinado lá".   

"Lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. Isso daí, no meu entender, daqui a dois, três dias, no máximo, nosso avião vai partir e vai trazer esses 2 milhões de vacinas para cá", disse Bolsonaro à TV Bandeirantes.   

Após a confirmação do atraso - a vacina de Oxford é a única adquirida pelo governo brasileiro -, o Ministério da Saúde requisitou a entrega "imediata" das 6 milhões de doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, importadas pelo Instituto Butantan.   

A instituição respondeu que fará o repasse assim que o governo federal informar quantas doses poderão ficar em São Paulo.   

(ANSA).   

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