Giuseppe Conte diz que renunciou para 'salvação nacional'
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, agora demissionário, afirmou na tarde desta terça-feira (26) que renunciou ao cargo na tentativa de formar "um novo governo que ofereça perspectivas de salvação nacional".
Em um longo texto no Facebook, Conte explicou que o "sofrimento generalizado dos cidadãos, as profundas dificuldades sociais e econômicas exigem uma perspectiva clara e um governo com uma maioria maior e mais segura".
A renúncia do premiê foi oficializada nesta manhã e é uma última tentativa do italiano de se manter no poder, após a crise criada pelo ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, líder do partido de centro Itália Viva (IV), que decidiu romper com o governo por discordar de suas políticas econômicas.
Com isso, Conte foi obrigado a pedir o voto de confiança do Parlamento na semana passada e conseguiu uma maioria estreita na Câmara dos Deputados e uma maioria relativa no Senado.
Sua renúncia, no entanto, é uma tentativa de formar um novo governo com uma maioria sólida no Parlamento, o que acontecerá principalmente se Conte conseguir atrair senadores da oposição conservadora ou eventuais dissidentes do IV.
Em sua mensagem, o advogado de carreira ressaltou que o governo precisa de uma aliança de "clara lealdade pró-europeia, capaz de concretizar as decisões que pressionam para aprovar uma reforma eleitoral proporcional e reformas institucionais e constitucionais", com o objetivo de "garantir pluralismo de representação aliado a maior estabilidade do sistema político".
"Isso importa. Que o nosso país se levante rapidamente e deixe para trás a pandemia e as tragédias que têm causado, para fazer brilhar a nossa nação em toda a sua beleza", ressaltou.
Apesar de apresentar sua renúncia, o premiê da Itália garantiu que continuará cuidado da nação até que o novo governo tome posse. "Vou continuar o meu serviço ao país, com sentido de responsabilidade e com profundo empenho".
Enquanto isso, o presidente italiano, Sergio Mattarella, realizará consultas com os partidos até a próxima sexta-feira (29), provavelmente, para verificar a possibilidade de se construir uma nova maioria no Parlamento.
"A única coisa que realmente importa, além de quem será escolhido para governar a Itália, é que a República possa levantar a cabeça, porque assim todos terão vencido, a Itália terá vencido", finalizou.
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