Conselheiro do governo italiano pede lockdown total no país
O conselheiro do Ministério da Saúde da Itália, Walter Ricciardi, afirmou em entrevista à ANSA neste domingo (14) que o país precisa de um "lockdown total" para controlar a pandemia de Covid-19. Isso porque, apesar dos números controlados, o especialista destaca que a média, especialmente, de mortes continua muito alta.
"É urgente mudar rapidamente a estratégia de combate ao vírus Sars-CoV-2. É necessário um lockdown total em toda a Itália de imediato, que preveja também o fechamento das escolas e salvando as atividades essenciais. Mas, precisa de duração limitada", disse Ricciardi à ANSA.
Segundo o conselheiro, recentemente nomeado pelo papa Francisco para a Pontifícia Academia para a Vida, "é evidente que a estratégia de conviver com o vírus, adotada até agora, é ineficaz e nos condena à instabilidade, com um número pesado de mortes a cada dia".
Ricciardi informou que conversará com o ministro da Saúde, Roberto Speranza, mantido no cargo mesmo com a troca de governo, "ainda nesta semana".
Desde novembro de 2020, a Itália adota uma esquema de faixas de contágios por região. As áreas são definidas em branco, amarelo, laranja e vermelho, com restrições que vão aumentando em cada zona.
Abordando outro ponto polêmico no país, a reabertura das estações de esqui, o conselheiro reforçou que mantém sua visão de que os locais não podem ser abertos por serem pontos de aglomeração e que "não podemos esquecer que a variante britânica entrou na Europa justamente 'passando' pelas estações de esqui da Suíça".
O assunto também foi reforçado pelo Comitê Técnico-Científico (CTS), responsável por fazer a análise técnica e dar as orientações científicas para a gestão da pandemia na Itália. O CTS afirmou que "com as mutações epidemiológicas" do vírus, "no estado atual não parecem existir as condições para uma relaxamento das medidas de contenção atuais, incluindo aquelas previstas para o setor de esqui amador".
Os números da pandemia na Itália estão controlados há algumas semanas, após o pico da segunda onda no fim do ano passado. No entanto, a média semanal continua bastante alta, conforme os dados encerrados neste sábado (13): são 12.255 contágios por dia, em média, e 336 mortes.
Desde o início da pandemia, o país registra mais de 2,7 milhões de contaminados confirmados e 93,3 mil mortos.
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