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Homem pega 15 anos de prisão por morte de jornalista em Malta
VALETA, 23 FEV (ANSA) - Um tribunal de Malta condenou nesta terça-feira (23) um réu confesso a 15 anos de prisão pelo assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia, vítima de um atentado com carro-bomba em 16 de outubro de 2017.
Vince Muscat admitiu perante o Tribunal de Valeta que foi um dos autores materiais do homicídio, que provocou uma onda de indignação no país e um terremoto político que culminaria na renúncia do ex-premiê Joseph Muscat (sem parentesco com o réu), no começo de 2020.
Antes da sentença, a juíza Edwina Grima perguntou se Vince Muscat gostaria de reconsiderar. "Não tem necessidade", respondeu o réu. Muscat foi preso em dezembro de 2017, ao lado dos irmãos Alfred e George Degiorgio, também acusados pela autoria do atentado.
Os irmãos Degiorgio, no entanto, se declaram inocentes. Muscat, por sua vez, colabora com a Justiça desde 2019 e ajudou a identificar o taxista Melvin Theuma como intermediário entre os assassinos e o mandante, mas admitiu ser um dos autores materiais do homicídio apenas nesta terça.
Já Theuma recebeu perdão judicial em troca de provas que levaram à prisão e ao indiciamento do empresário Yorgen Fenech, acusado de ser o mandante do crime.
Galizia tinha 53 anos e ganhara notoriedade com reportagens sobre o escândalo "Malta Files", que havia revelado como esse pequeno país insular serve de base para esquemas de evasão fiscal na União Europeia.
Uma de suas reportagens revelou que Fenech é dono da 17 Black, companhia sediada em Dubai e que, em 2013, teria pagado propinas para construir uma central elétrica.
Os subornos teriam sido destinados a duas empresas offshore no Panamá supostamente atribuídas ao ex-chefe de Gabinete de Muscat Keith Schembri e ao ex-ministro da Energia Konrad Mizzi. (ANSA).
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Vince Muscat admitiu perante o Tribunal de Valeta que foi um dos autores materiais do homicídio, que provocou uma onda de indignação no país e um terremoto político que culminaria na renúncia do ex-premiê Joseph Muscat (sem parentesco com o réu), no começo de 2020.
Antes da sentença, a juíza Edwina Grima perguntou se Vince Muscat gostaria de reconsiderar. "Não tem necessidade", respondeu o réu. Muscat foi preso em dezembro de 2017, ao lado dos irmãos Alfred e George Degiorgio, também acusados pela autoria do atentado.
Os irmãos Degiorgio, no entanto, se declaram inocentes. Muscat, por sua vez, colabora com a Justiça desde 2019 e ajudou a identificar o taxista Melvin Theuma como intermediário entre os assassinos e o mandante, mas admitiu ser um dos autores materiais do homicídio apenas nesta terça.
Já Theuma recebeu perdão judicial em troca de provas que levaram à prisão e ao indiciamento do empresário Yorgen Fenech, acusado de ser o mandante do crime.
Galizia tinha 53 anos e ganhara notoriedade com reportagens sobre o escândalo "Malta Files", que havia revelado como esse pequeno país insular serve de base para esquemas de evasão fiscal na União Europeia.
Uma de suas reportagens revelou que Fenech é dono da 17 Black, companhia sediada em Dubai e que, em 2013, teria pagado propinas para construir uma central elétrica.
Os subornos teriam sido destinados a duas empresas offshore no Panamá supostamente atribuídas ao ex-chefe de Gabinete de Muscat Keith Schembri e ao ex-ministro da Energia Konrad Mizzi. (ANSA).
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