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Líder do maior partido de centro-esquerda da Itália renuncia
ROMA, 4 MAR (ANSA) - Em um ato inesperado, o secretário do Partido Democrático (PD), a maior sigla de centro-esquerda da Itália, Nicola Zingaretti, anunciou sua renúncia ao cargo nesta quinta-feira (4) em uma postagem no Facebook.
"Eu me envergonho que no PD, o partido do qual sou o secretário, há 20 dias só se fale de poltronas [cargos] e primárias. Já que o alvo sou eu, por amor à Itália e ao partido, não me resta mais nada além de fazer o enésimo ato para desenrolar a situação.
Agora, todos devem assumir suas próprias responsabilidades. Nas próximas horas, escreverei para o presidente do partido para pedir demissão formalmente e a assembleia nacional fará escolhas mais oportunas e úteis", postou em sua conta na rede social.
A citação ao tempo refere-se ao período em que o país tem um novo primeiro-ministro, Mario Draghi, e que o PD entrou na coalizão que dá base ao premiê. O bloco inclui ainda o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), o centrista Itália Viva (liderado pelo ex-PD Matteo Renzi), o conservador Força Itália e o de extrema-direita Liga, além de pequenos partidos de esquerda e direita.
Zingaretti ainda ressaltou que a "vergonha" que sente é também porque a Itália "está explodindo na terceira onda da Covid, há problemas no trabalho, nos investimentos e na necessidade de reconstruir uma esperança, sobretudo, para as novas gerações" e seus correligionários só estão pensando nos cargos.
Durante o longo desabafo, o ainda secretário ressalta que sua eleição há dois anos fez com que todos conseguissem "salvar o PD" e que atualmente "não se escuta mais ninguém e só se faz caricaturas em cada posição".
"Mas, não se pode permanecer parado por causa de uma guerrilha cotidiana. Isso sim mataria o PD. Eu fiz a minha parte, espero que agora o PD volte a falar dos problemas do país e a empenhar-se em resolvê-los. A todos e todas, militantes, afiliados e eleitores, um imenso abraço e obrigado", finalizou.
Diversos membros do PD se manifestaram em choque com a decisão de Zingaretti. Muitos relataram à ANSA que sabiam das tensões existentes, mas que esperavam resolver isso na assembleia geral da sigla em 13 de março.
O líder do grupo dos Democratas na Câmara, Graziano Delrio, falou à ANSA por telefone e disse que "em um momento tão grave e difícil para o país, o PD tem a necessidade que Nicola, que sempre escutou a todos, permaneça liderando o partido". "O diálogo interno é fisiológico e não deve ser exasperado.
Reencontremos juntos a estrada", acrescentou. (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Eu me envergonho que no PD, o partido do qual sou o secretário, há 20 dias só se fale de poltronas [cargos] e primárias. Já que o alvo sou eu, por amor à Itália e ao partido, não me resta mais nada além de fazer o enésimo ato para desenrolar a situação.
Agora, todos devem assumir suas próprias responsabilidades. Nas próximas horas, escreverei para o presidente do partido para pedir demissão formalmente e a assembleia nacional fará escolhas mais oportunas e úteis", postou em sua conta na rede social.
A citação ao tempo refere-se ao período em que o país tem um novo primeiro-ministro, Mario Draghi, e que o PD entrou na coalizão que dá base ao premiê. O bloco inclui ainda o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), o centrista Itália Viva (liderado pelo ex-PD Matteo Renzi), o conservador Força Itália e o de extrema-direita Liga, além de pequenos partidos de esquerda e direita.
Zingaretti ainda ressaltou que a "vergonha" que sente é também porque a Itália "está explodindo na terceira onda da Covid, há problemas no trabalho, nos investimentos e na necessidade de reconstruir uma esperança, sobretudo, para as novas gerações" e seus correligionários só estão pensando nos cargos.
Durante o longo desabafo, o ainda secretário ressalta que sua eleição há dois anos fez com que todos conseguissem "salvar o PD" e que atualmente "não se escuta mais ninguém e só se faz caricaturas em cada posição".
"Mas, não se pode permanecer parado por causa de uma guerrilha cotidiana. Isso sim mataria o PD. Eu fiz a minha parte, espero que agora o PD volte a falar dos problemas do país e a empenhar-se em resolvê-los. A todos e todas, militantes, afiliados e eleitores, um imenso abraço e obrigado", finalizou.
Diversos membros do PD se manifestaram em choque com a decisão de Zingaretti. Muitos relataram à ANSA que sabiam das tensões existentes, mas que esperavam resolver isso na assembleia geral da sigla em 13 de março.
O líder do grupo dos Democratas na Câmara, Graziano Delrio, falou à ANSA por telefone e disse que "em um momento tão grave e difícil para o país, o PD tem a necessidade que Nicola, que sempre escutou a todos, permaneça liderando o partido". "O diálogo interno é fisiológico e não deve ser exasperado.
Reencontremos juntos a estrada", acrescentou. (ANSA).
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