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Estados Unidos vão enviar 500 militares adicionais para Alemanha

13/04/2021 14h53

BERLIM, 13 ABR (ANSA) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, anunciou nesta terça-feira (13) que expandirá a presença militar americana na Alemanha com o envio de 500 soldados adicionais.   

A medida descarta os planos do ex-presidente Donald Trump de retirar cerca de 12 mil dos 36 militares do país aliado na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).   

"Este aumento planejado nos militares dos EUA ressalta nosso compromisso com a Alemanha e com toda a aliança da Otan", afirmou Austin durante sua visita ao país europeu, após um encontro com sua homóloga alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer.   

Segundo o secretário de Defesa americano, o governo de Joe Biden "tem intenção de enviar permanentemente cerca de 500 militares americanos adicionais à região de Wiesbaden, no oeste do país, a partir deste outono (boreal)".   

"É uma excelente notícia que o presidente Biden não só tenha anunciado que abandonou os planos de retirada, como também vai reforçar essas tropas na Alemanha", comemorou a ministra alemã, acrescentando que a decisão é "um sinal muito forte de unidade".   

Em junho passado, Trump declarou sua intenção de reduzir o contingente de tropas no território alemão em pelo menos um terço, alegando que Berlim estava se aproveitando dos EUA e não cumpria suas obrigações financeiras com a Otan.   

O governo democrata, no entanto, adotou uma postura totalmente diferente e agradeceu ao país da chanceler Angela Merkel por sua contribuição para missões da organização e por acatar medidas para elevar os gastos com a defesa.   

"Essas forças fortalecerão a dissuasão e a defesa na Europa.   

Eles irão aumentar nossas habilidades existentes para prevenir conflitos e, se necessário, lutar e vencer", afirmou Austin.   

A medida é anunciada em meio às tensões mais recentes com a Rússia por causa da Ucrânia. Hoje, inclusive, Biden telefonou para o presidente russo, Vladimir Putin, e "reiterou o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a soberania e integridade territorial da Ucrânia", além de expressar "preocupações sobre o repentino fortalecimento da Rússia na Crimeia ocupada e na fronteira" com o território ucraniano.   

A Casa Branca ainda revelou que o democrata pediu para Moscou "aliviar as tensões" e os dois líderes "discutiram várias questões regionais e globais, incluindo a intenção dos EUA e da Rússia de buscar um diálogo estratégico sobre uma série de questões emergentes de segurança e controle de armas, fortalecendo a extensão do tratado New Start".   

Durante a conversa, Biden também alertou que seu governo "agirá com firmeza na defesa de seus interesses nacionais em resposta às ações russas, como intrusões cibernéticas e interferência nas eleições".   

Por fim, foi proposto uma reunião entre os dois presidentes para os próximos meses em um terceiro país para discutir todos os problemas que os EUA e a Rússia enfrentam. Além disso, ambas as partes "manifestaram o desejo de continuar o diálogo nos setores mais importantes para a segurança mundial", que possa responder aos interesses das duas nações e de toda a comunidade internacional. (ANSA)
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