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Papa remove bispo acusado de encobrir abuso nos EUA

Arquivo - Francisco aceitou hoje a renúncia de um bispo dos Estados Unidos acusado de encobrir um caso de abuso sexual - Reuters
Arquivo - Francisco aceitou hoje a renúncia de um bispo dos Estados Unidos acusado de encobrir um caso de abuso sexual Imagem: Reuters

No Vaticano

13/04/2021 07h49

O papa Francisco aceitou hoje a renúncia de um bispo dos Estados Unidos acusado de encobrir um caso de abuso sexual.

Michael Hoeppner, chefe da diocese de Crookston, em Minnesota, é o primeiro bispo processado individualmente por coerção nos EUA.

Ele é acusado de ter pressionado um candidato ao diaconato a se calar a respeito de uma denúncia anterior contra um sacerdote por violência sexual.

"O Santo Padre aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Crookston, apresentada pelo monsenhor Michael J. Hoeppner, e nomeou o monsenhor Richard Edmund Pates, bispo emérito de Des Moines, como administrador apostólico da mesma diocese", diz o comunicado do Vaticano, que não cita a acusação.

Na Igreja Católica, é praxe que sacerdotes envolvidos em escândalos entreguem seus cargos ao Papa para deixá-lo livre para afastá-los ou não.

A vítima se chama Ron Vasek, que pretendia se tornar diácono para apoiar seu filho, um padre católico. No entanto, Vasek alega que Hoeppner ameaçou colocar obstáculos ao seu trabalho e ao do filho caso ele não se retratasse de uma acusação contra o padre Roger Grundhaus por abuso sexual.

"Eu me senti como se tivesse sendo abusado de novo", declarou Vasek em maio de 2017, segundo o Star Tribune, principal jornal de Minnesota. Hoeppner, que alega inocência, também é investigado pela Arquidiocese de Saint Paul e Minneapolis, já que um decreto do papa Francisco instituído em 2019 tornou obrigatória a denúncia de supostos abusos sexuais por parte do clero.