Esse conteúdo é antigo
Parlamento do Reino Unido aprova moção sobre 'genocídio' uigur
LONDRES, 22 ABR (ANSA) - A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou nesta quinta-feira (22) uma moção em que acusa a China de cometer um "genocídio" contra a minoria muçulmana uigur na província de Xinjiang.
A moção não é vinculante, pois o Executivo só poderia dar um veredicto sobre isso após um julgamento internacional, mas teve apoio tanto dos partidos governistas como de oposição. Entre os que promoveram o projeto, estão o ex-líder conservador Iain Duncan Smith e a ex-secretária da sigla Nus Ghani, recentemente sancionados por Pequim por conta de sua atuação em defesa dos direitos humanos da minoria.
O texto aprovado pelos parlamentares faz referência aos uigures e a outras minorias chinesas "como vítimas de crimes contra a humanidade e de genocídio". "Eu sei que há colegas relutantes em usar o termo genocídio que, para muitos, é associado para sempre com o horror dos campos nazistas, mas limitar tal palavra não é correto. Trata-se de um equívoco alimentado que genocídio seja só um extermínio em massa. Isso é falso porque o genocídio tem a ver com a intenção de destruir toda a herança de uma parte do país, de um grupo nacional, étnico ou religioso", afirmou Ghani durante a sessão.
Já Smith afirmou que "o governo diz que apenas um tribunal pode declarar um genocídio, mas a China não reconhece a Corte Internacional". Há exatamente um mês, o Reino Unido, a União Europeia e os Estados Unidos anunciaram sanções contra políticos de Xinjiang por conta de um novo relatório que mostrava a perseguição contra a minoria étnica na China. Contra os britânicos, em 26 de março, Pequim anunciou uma resposta com sanções contra nove pessoas - incluindo Smith e Ghani - e quatro entidades.
O governo chinês sempre negou que esteja violando os direitos humanos dos uigures e ressalta que os centros de educação citados pelos países ocidentais como locais de "doutrinação" são, na verdade, de capacitação para o trabalho da população.
(ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A moção não é vinculante, pois o Executivo só poderia dar um veredicto sobre isso após um julgamento internacional, mas teve apoio tanto dos partidos governistas como de oposição. Entre os que promoveram o projeto, estão o ex-líder conservador Iain Duncan Smith e a ex-secretária da sigla Nus Ghani, recentemente sancionados por Pequim por conta de sua atuação em defesa dos direitos humanos da minoria.
O texto aprovado pelos parlamentares faz referência aos uigures e a outras minorias chinesas "como vítimas de crimes contra a humanidade e de genocídio". "Eu sei que há colegas relutantes em usar o termo genocídio que, para muitos, é associado para sempre com o horror dos campos nazistas, mas limitar tal palavra não é correto. Trata-se de um equívoco alimentado que genocídio seja só um extermínio em massa. Isso é falso porque o genocídio tem a ver com a intenção de destruir toda a herança de uma parte do país, de um grupo nacional, étnico ou religioso", afirmou Ghani durante a sessão.
Já Smith afirmou que "o governo diz que apenas um tribunal pode declarar um genocídio, mas a China não reconhece a Corte Internacional". Há exatamente um mês, o Reino Unido, a União Europeia e os Estados Unidos anunciaram sanções contra políticos de Xinjiang por conta de um novo relatório que mostrava a perseguição contra a minoria étnica na China. Contra os britânicos, em 26 de março, Pequim anunciou uma resposta com sanções contra nove pessoas - incluindo Smith e Ghani - e quatro entidades.
O governo chinês sempre negou que esteja violando os direitos humanos dos uigures e ressalta que os centros de educação citados pelos países ocidentais como locais de "doutrinação" são, na verdade, de capacitação para o trabalho da população.
(ANSA).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.