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União Europeia não renova contrato para compra de vacinas da AstraZeneca

O comissário da UE para o Mercado Interno, Thierry Breton, fala durante uma coletiva de imprensa - Yves Herman/Reuters
O comissário da UE para o Mercado Interno, Thierry Breton, fala durante uma coletiva de imprensa Imagem: Yves Herman/Reuters

10/05/2021 08h40Atualizada em 10/05/2021 13h17

O comissário europeu para o Comércio Interno, Thierry Breton, confirmou ontem que o bloco não renovou o contrato para a compra de mais vacinas contra o novo coronavírus da AstraZeneca.

"Não renovamos a compra após junho. Vamos ver o que acontecerá", disse Breton em entrevista à "France Inter".

Na sua fala, o comissário não fez críticas diretas à empresa, apenas ressaltou que essa é "uma vacina muito interessante e muito boa", sobretudo por suas "condições logística e conservação".

No entanto, a pausa nas compras ocorre após sucessivos atrasos nas entregas do imunizante Vaxzevria e uma série de críticas públicas feitas pelos líderes da União Europeia.

Durante a entrevista, Breton ainda enalteceu a Pfizer, que produz uma vacina com a BioNTech e com a qual foi fechado durante o fim de semana um novo contrato que prevê a compra de até 1,8 bilhão de doses, e disse que o bloco já está trabalhando com a farmacêutica "nas vacinas da segunda geração".

Hoje, um dos porta-vozes da Comissão Europeia confirmou a informação e destacou que "a entrega de todas as doses contratadas do contrato em vigor com a AstraZeneca é prioridade para nós".

"O contrato resta em vigor até a entrega da última dose. A vacina da AstraZeneca é importante para nosso portfólio e será administrada em milhares de europeus. A empresa não respeitou os compromissos contratuais e, por isso, a Comissão já iniciou uma ação judicial. No passado, já havíamos informado que não exercitaríamos a opção de compra de mais 100 milhões de doses adicionais. Não podemos mais falar sobre o futuro", destacou à imprensa.

Conforme dados da Comissão Europeia, das 120 milhões de doses que deveriam ter sido entregues no primeiro semestre, que termina no próximo mês, apenas 31,2 milhões foram de fato enviadas. O contrato firmado prevê o envio de 400 milhões de doses até o fim do ano de 2021.