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Bispo diz que PL contra homofobia na Itália deve ser corrigido
ROMA, 16 MAI (ANSA) - A Conferência Episcopal Italiana (CEI) afirmou neste domingo (16) que o projeto de lei que criminaliza a homofobia no país e que será analisado pela Comissão de Justiça do Senado deveria ser corrigido.
"Acho que a lei poderia ser melhorada porque deveria ser clara em todos os seus aspectos, sem implicações. Só peço clareza", disse o presidente da CEI, cardeal Gualtiero Bassetti, ao falar sobre a proposta já aprovada pela Câmara dos Deputados da Itália.
Segundo o religioso, o projeto que pune os crimes de homofobia, transfobia, misoginia e violência contra pessoas com deficiência "deveria ser mais correto do que afundado".
"Somos pela defesa e dignidade de todos, de qualquer homem ou mulher, devemos sempre defender os direitos das pessoas", acrescentou Bassetti.
Após a declaração do presidente do CEI, o deputado Carmelo Miceli, do Partido Democrático (PD) e membro da Comissão de Justiça, comentou o posicionamento da Igreja.
"A única maneira de não enterrá-lo é aprová-lo imediatamente evitando rebotes infinitos entre as Câmaras. As mudanças podem ser feitas na primeira medida útil seguinte", rebateu.
O texto que será analisado no Senado inclui a homofobia e a transfobia no Código Penal nos artigos que punem atos de violência e discriminação por motivos raciais, étnicos ou religiosos. Por isso, caso a lei seja aprovada, quem cometer os crimes poderá pegar penas de até um ano e seis meses de detenção no caso de discriminação e instigação à discriminação, e de até quatro anos no caso de atos violentos. O relator da lei é o deputado Alessandro Zan, do PD.
Desde ontem (15), milhares de pessoas foram às ruas da Itália para pedir a aprovação da lei contra a homotransfobia. Os atos foram registrados em Roma, Florença, Cagliari, Rimini, Florença, entre outras.
"Amar uma pessoa do mesmo sexo ou não se sentir bem com seu corpo não é uma doença, é um sintoma de coragem, amor e liberdade. E a liberdade deve ser sempre buscada como felicidade", disse Malika Chalhy, jovem de 22 anos, de Castelfiorentino, que foi expulsa de casa depois de revelar à família que era homossexual.
Apesar dos protestos a favor da lei, uma praça de Milão ficou repleta de pessoas contrárias ao projeto. O ato também contou com a presença do ex-ministro do interior da Itália Matteo Salvini.
Na iniciativa de Milão houve momentos de tensão com empurrões e espancamentos entre a polícia e um grupo de manifestantes que estava na Piazza del Duomo para protestar contra a lei.
Os atos ocorrem no fim de semana que antecede ao "Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia", celebrado no dia 17 de maio com o objetivo de sensibilizar sobre a discriminação que atinge o mundo LGBTQ+. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Acho que a lei poderia ser melhorada porque deveria ser clara em todos os seus aspectos, sem implicações. Só peço clareza", disse o presidente da CEI, cardeal Gualtiero Bassetti, ao falar sobre a proposta já aprovada pela Câmara dos Deputados da Itália.
Segundo o religioso, o projeto que pune os crimes de homofobia, transfobia, misoginia e violência contra pessoas com deficiência "deveria ser mais correto do que afundado".
"Somos pela defesa e dignidade de todos, de qualquer homem ou mulher, devemos sempre defender os direitos das pessoas", acrescentou Bassetti.
Após a declaração do presidente do CEI, o deputado Carmelo Miceli, do Partido Democrático (PD) e membro da Comissão de Justiça, comentou o posicionamento da Igreja.
"A única maneira de não enterrá-lo é aprová-lo imediatamente evitando rebotes infinitos entre as Câmaras. As mudanças podem ser feitas na primeira medida útil seguinte", rebateu.
O texto que será analisado no Senado inclui a homofobia e a transfobia no Código Penal nos artigos que punem atos de violência e discriminação por motivos raciais, étnicos ou religiosos. Por isso, caso a lei seja aprovada, quem cometer os crimes poderá pegar penas de até um ano e seis meses de detenção no caso de discriminação e instigação à discriminação, e de até quatro anos no caso de atos violentos. O relator da lei é o deputado Alessandro Zan, do PD.
Desde ontem (15), milhares de pessoas foram às ruas da Itália para pedir a aprovação da lei contra a homotransfobia. Os atos foram registrados em Roma, Florença, Cagliari, Rimini, Florença, entre outras.
"Amar uma pessoa do mesmo sexo ou não se sentir bem com seu corpo não é uma doença, é um sintoma de coragem, amor e liberdade. E a liberdade deve ser sempre buscada como felicidade", disse Malika Chalhy, jovem de 22 anos, de Castelfiorentino, que foi expulsa de casa depois de revelar à família que era homossexual.
Apesar dos protestos a favor da lei, uma praça de Milão ficou repleta de pessoas contrárias ao projeto. O ato também contou com a presença do ex-ministro do interior da Itália Matteo Salvini.
Na iniciativa de Milão houve momentos de tensão com empurrões e espancamentos entre a polícia e um grupo de manifestantes que estava na Piazza del Duomo para protestar contra a lei.
Os atos ocorrem no fim de semana que antecede ao "Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia", celebrado no dia 17 de maio com o objetivo de sensibilizar sobre a discriminação que atinge o mundo LGBTQ+. (ANSA)
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