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Promotor italiano pede prisão de ex-prefeito que ajuda migrantes
LOCRI, 17 MAI (ANSA) - A procuradoria de Locri pediu formalmente que o ex-prefeito de Riace Domenico "Mimmo" Lucano, que ganhou fama internacional por seus projetos de acolhimento de migrantes e refugiados, seja condenado a sete anos e 11 meses de prisão no âmbito da investigação sobre a gestão das políticas migratórias da cidade.
Lucano é acusado de conspiração, fraude, abuso de poder, peculato, suborno, falsidade ideológica e auxílio a imigração ilegal.
O político é alvo da operação "Xenia" por suspeita de ter facilitado casamentos forjados para garantir a permanência no país de migrantes em situação irregular. Além disso, foi acusado de irregularidades no uso de recursos nacionais para financiar projetos de acolhimento.
Em seu pedido, o promotor Michele Permunian também pede quatro anos e quatro meses de reclusão para o sócio de Lucano, Lemlem Tesfahun, além de três absolvições e sentenças para os outros réus que variam de um mínimo de seis meses a um máximo de sete anos e 11 meses.
Ele ainda argumentou, entre outras coisas, que "a tese defensiva que falava de um julgamento 'político' foi negada" e pediu uma indenização de 10 milhões aos réus, incluindo o ex-prefeito de Riace.
"O pedido alto é mais uma demonstração de que Riace e o modelo que criamos causam medo. É um ideal político que eles querem destruir", rebateu Lucano.
Segundo o ex-prefeito, "não é por acaso que tudo começa em 2016, quando a área progressista abre suas portas para a criminalização da solidariedade na Itália e na Europa. Depois Salvini chega e termina o trabalho".
"Não é por acaso que hoje em Riace o acolhimento ainda resiste e a missão continua sem fundos públicos e com mil dificuldades.
Esta é a resposta mais forte. Hoje foi o dia do Ministério Público. Mas o último capítulo ainda não foi escrito", afirma Lucano.
Nos últimos anos, a cidade no sul da Itália promoveu a integração de refugiados à economia local. Lucano, inclusive, chegou a entrar na lista dos 50 maiores "líderes" do mundo da revista "Fortune".
Em seus mandatos, ele ofereceu casas abandonadas e treinamento profissional a estrangeiros, além de uma "bolsa trabalho", ajudando a recuperar a economia de Riace, afetada pelo esvaziamento populacional que atinge diversos vilarejos italianos. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Lucano é acusado de conspiração, fraude, abuso de poder, peculato, suborno, falsidade ideológica e auxílio a imigração ilegal.
O político é alvo da operação "Xenia" por suspeita de ter facilitado casamentos forjados para garantir a permanência no país de migrantes em situação irregular. Além disso, foi acusado de irregularidades no uso de recursos nacionais para financiar projetos de acolhimento.
Em seu pedido, o promotor Michele Permunian também pede quatro anos e quatro meses de reclusão para o sócio de Lucano, Lemlem Tesfahun, além de três absolvições e sentenças para os outros réus que variam de um mínimo de seis meses a um máximo de sete anos e 11 meses.
Ele ainda argumentou, entre outras coisas, que "a tese defensiva que falava de um julgamento 'político' foi negada" e pediu uma indenização de 10 milhões aos réus, incluindo o ex-prefeito de Riace.
"O pedido alto é mais uma demonstração de que Riace e o modelo que criamos causam medo. É um ideal político que eles querem destruir", rebateu Lucano.
Segundo o ex-prefeito, "não é por acaso que tudo começa em 2016, quando a área progressista abre suas portas para a criminalização da solidariedade na Itália e na Europa. Depois Salvini chega e termina o trabalho".
"Não é por acaso que hoje em Riace o acolhimento ainda resiste e a missão continua sem fundos públicos e com mil dificuldades.
Esta é a resposta mais forte. Hoje foi o dia do Ministério Público. Mas o último capítulo ainda não foi escrito", afirma Lucano.
Nos últimos anos, a cidade no sul da Itália promoveu a integração de refugiados à economia local. Lucano, inclusive, chegou a entrar na lista dos 50 maiores "líderes" do mundo da revista "Fortune".
Em seus mandatos, ele ofereceu casas abandonadas e treinamento profissional a estrangeiros, além de uma "bolsa trabalho", ajudando a recuperar a economia de Riace, afetada pelo esvaziamento populacional que atinge diversos vilarejos italianos. (ANSA)
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