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Cresce pressão por fim do uso obrigatório de máscara na Itália

17/06/2021 12h03

ROMA, 17 JUN (ANSA) - A melhora dos números da pandemia na Itália e o avanço da campanha de vacinação aumentaram a pressão para o governo de Mario Draghi revogar a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre, assim como já fizeram Estados Unidos e França.   

O movimento é liderado pelo senador e ex-ministro do Interior Matteo Salvini, cujo partido, a ultranacionalista Liga, faz parte da coalizão de união nacional que dá sustentação ao premiê.   

"Toda a Europa está caminhando nesta direção, mesmo com cenários piores que o nosso, então precisamos considerar essa oportunidade", declarou Salvini à Rai Radio 1 nesta quinta-feira (17), antes de uma reunião com Draghi.   

"Não direi em poucas horas, mas espero que no arco de poucos dias a Itália possa voltar a ter liberdade para respirar", acrescentou o senador, já depois de se encontrar com o primeiro-ministro.   

Por sua vez, o subsecretário do Ministério da Saúde, Pierpaolo Sileri, do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), disse que a data de 1º de julho seria "oportuna" para derrubar a obrigatoriedade do uso de máscaras.   

"Há tempos disse que poderíamos colocar a máscara no bolso quando atingíssemos metade da população vacinada, e agora chegamos", declarou Sileri à emissora de rádio Cusano Campus.   

Até o momento, já foram aplicadas cerca de 44,6 milhões de vacinas na Itália, sendo que 14,6 milhões de pessoas (24,5% da população e 27% da população vacinável) completaram o ciclo de imunização.   

Além disso, 30,1 milhões de indivíduos já tomaram pelo menos uma dose ou a dose única da fórmula da Janssen, o que representa 50,5% da população.   

"Tirar a máscara ao ar livre a partir do verão [no Hemisfério Norte] é o objetivo do governo, e ele está próximo", garantiu o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, principal expoente do M5S no gabinete de Mario Draghi.   

A Itália acumula 4,3 milhões de casos e pouco mais de 127 mil mortes na pandemia, mas as médias móveis de contágios e óbitos voltaram aos patamares de setembro e outubro, ainda antes do início da segunda onda da crise sanitária. (ANSA).   

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