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Biden acusa China de atacar autonomia de Hong Kong

24/06/2021 15h19

NOVA YORK, 24 JUN (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou nesta quinta-feira (24) o governo chinês de atacar a autonomia de Hong Kong e lamentou o fechamento do tabloide pró-democracia "Apple Daily", que publicou sua última edição após ser alvo de investigações e de uma repressão de segurança nacional.   

"É um dia triste para a liberdade da mídia em Hong Kong e em todo o mundo", disse o democrata.   

Segundo Biden, "os cidadãos de Hong Kong têm direito à liberdade de imprensa", mas, em vez disso, "Pequim nega as liberdades básicas e ataca a autonomia e as instituições democráticas" do território de uma forma "que não está de acordo com suas obrigações internacionais.   

O jornal foi fundado pelo magnata Jimmy Lai em 1995 e, nos últimos anos, o empresário foi alvo de diversas acusações das autoridades chinesas. Atualmente, ele está preso e teve seus bens congelados. Na última semana, o "Apple Daily" foi palco de uma grande operação que culminou com a prisão de cinco diretores e o congelamento de mais de 18 milhões de dólares locais de ativos.   

Durante anos, o jornal expressou apoio ao movimento pró-democracia e nunca parou de criticar abertamente as autoridades chinesas. Pequim sempre tentou calar a publicação e, desta vez, utilizou a lei de segurança nacional para minar o trabalho do Apple Daily.   

De acordo com o jornal, a decisão de publicar a última edição foi tomada pensando na "segurança dos funcionários".   

"Pequim deve parar de atacar a imprensa independente e deve libertar jornalistas e gerentes de mídia atualmente detidos.   

Jornalismo não é crime", finalizou Biden.   

A China vem aumentando sua ação em Hong Kong desde os protestos pró-democracia de 2019 e, no ano passado, aprovou uma nova legislação mais dura contra aqueles que criticam o sistema.   

As ações não atingem apenas os jornalistas e os sites, mas também os civis - que tiveram suas liberdades de protestos reduzidas - e os políticos, que precisarão prestar juramento de fidelidade à China. (ANSA)
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