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Berlusconi rejeita perícia médica e diz que não irá a julgamento
MILÃO, 16 SET (ANSA) - O ex-primeiro-ministro da Itália e líder do Força Itália, Silvio Berlusconi, criticou nesta quinta-feira (16) a decisão do Tribunal de Milão de submetê-lo a uma perícia médica no âmbito do processo que o julga por corrupção em atos judiciários do caso "Ruby ter".
O pedido foi ordenado por conta das constantes internações do político, que estão atrasando o andamento do processo. A sessão do último dia 8 de setembro foi adiada a pedido da defesa de Berlusconi, que alegava que ele deveria ficar "em repouso absoluto" por ordens médicas.
Em uma declaração enviada ao presidente da sétima seção do tribunal, Marco Tremolada, o ex-premiê afirmou que a decisão de submetê-lo "a uma ilimitada perícia psiquiátrica" é "lesiva para minha história e a minha honra", além de um "evidente preconceito em relação a mim".
Por isso, Berlusconi afirma que não pode "aceitar essa decisão" e pede que "se proceda, mesmo com a minha ausência a celebração de um processo que é injusto".
"A Procuradoria no curso da audiência do dia 8 de setembro usou tons e modos muito inaceitáveis na relação comigo e contra os médicos que visitei por diversas vezes", reclamou ainda. Para ele, a submissão a uma perícia "cardiológica, mas também psiquiátrica" está "fora de qualquer lógica" e "mostra desrespeito à minha história e ao meu presente".
Em Milão, o ex-chefe do governo italiano é acusado de subornar garotas de programa que participavam das festas e orgias em suas mansões, as famosas "bunga-bunga", para que elas mentissem em depoimentos à Justiça nos processos "Ruby" e "Ruby bis".
Ele ainda responde por acusações semelhantes em Siena, que deve anunciar o veredito do processo em 21 de outubro, e em Roma, que tem a próxima sessão marcada para 2 de novembro. Segundo as denúncias, o ex-premiê teria pago cerca de 10 milhões de euros para corromper as testemunhas.
O nome do caso refere-se à modelo marroquina Karima el Mahroug, que tinha o apelido de Ruby, e que foi o pivô do escândalo sexual que abalou a imagem de Berlusconi na Itália e no mundo.
No entanto, desde o fim do ano passado, as audiências sofreram uma série de atrasos por conta das internações constantes do líder do Força Itália - sendo seis só em 2021. Os advogados afirmam que ele tem sequelas de quando contraiu Covid-19, além de problemas de saúde crônicos referentes também à idade - ele tem 84 anos.
A postura da nota enviada por Berlusconi contradiz o que o advogado dele, Federico Cecconi, disse no dia do adiamento da audiência, de que a determinação de uma perícia técnica era uma medida "equilibrada". (ANSA).
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O pedido foi ordenado por conta das constantes internações do político, que estão atrasando o andamento do processo. A sessão do último dia 8 de setembro foi adiada a pedido da defesa de Berlusconi, que alegava que ele deveria ficar "em repouso absoluto" por ordens médicas.
Em uma declaração enviada ao presidente da sétima seção do tribunal, Marco Tremolada, o ex-premiê afirmou que a decisão de submetê-lo "a uma ilimitada perícia psiquiátrica" é "lesiva para minha história e a minha honra", além de um "evidente preconceito em relação a mim".
Por isso, Berlusconi afirma que não pode "aceitar essa decisão" e pede que "se proceda, mesmo com a minha ausência a celebração de um processo que é injusto".
"A Procuradoria no curso da audiência do dia 8 de setembro usou tons e modos muito inaceitáveis na relação comigo e contra os médicos que visitei por diversas vezes", reclamou ainda. Para ele, a submissão a uma perícia "cardiológica, mas também psiquiátrica" está "fora de qualquer lógica" e "mostra desrespeito à minha história e ao meu presente".
Em Milão, o ex-chefe do governo italiano é acusado de subornar garotas de programa que participavam das festas e orgias em suas mansões, as famosas "bunga-bunga", para que elas mentissem em depoimentos à Justiça nos processos "Ruby" e "Ruby bis".
Ele ainda responde por acusações semelhantes em Siena, que deve anunciar o veredito do processo em 21 de outubro, e em Roma, que tem a próxima sessão marcada para 2 de novembro. Segundo as denúncias, o ex-premiê teria pago cerca de 10 milhões de euros para corromper as testemunhas.
O nome do caso refere-se à modelo marroquina Karima el Mahroug, que tinha o apelido de Ruby, e que foi o pivô do escândalo sexual que abalou a imagem de Berlusconi na Itália e no mundo.
No entanto, desde o fim do ano passado, as audiências sofreram uma série de atrasos por conta das internações constantes do líder do Força Itália - sendo seis só em 2021. Os advogados afirmam que ele tem sequelas de quando contraiu Covid-19, além de problemas de saúde crônicos referentes também à idade - ele tem 84 anos.
A postura da nota enviada por Berlusconi contradiz o que o advogado dele, Federico Cecconi, disse no dia do adiamento da audiência, de que a determinação de uma perícia técnica era uma medida "equilibrada". (ANSA).
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