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Na Celac, Obrador propõe bloco regional nos moldes da UE
CIDADE DO MEXICO, 18 SET (ANSA) - Na abertura da 6ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, propôs que a América Latina, juntamente com os Estados Unidos e Canadá, abra um "processo de integração econômica" similar à União Europeia.
"Deveríamos construir no continente americano algo similar ao que foi a comunidade econômica que foi o início da atual União Europeia", disse Obrador.
Segundo o anfitrião da reunião na Cidade do México, o bloco regional das Américas poderia impulsionar melhor as economias de regiões afetadas pela desigualdade, e também enfrentar crises de saúde e de outras naturezas.
"Estou convencido de que este objetivo ideal pode ser alcançado se refletirmos e concordarmos em três questões fundamentais: a não intervenção e autodeterminação dos povos; cooperação para o desenvolvimento; e ajuda mútua para combater as desigualdades e a discriminação", disse o líder mexicano.
Neste contexto, Obrador reiterou que deve haver um compromisso de respeitar as decisões dos povos individuais, e que nenhum governo "subjugue outro por qualquer motivo", usando por exemplo "sanções diplomáticas ou o uso da força".
Para ele, chegou a hora de "acabar com a inércia e de estabelecer uma relação vigorosa entre os países da América", além de substituir a política de maus tratos e embargos.
O início da cúpula focou nos líderes de centro-esquerda da região, incluindo o novo presidente do Peru, Pedro Castillo, Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Nicolás Maduro, da Venezuela. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não compareceu no evento, assim como o colombiano Iván Duque e o chileno Sebastián Piñera.
O presidente argentino, Alberto Fernández, forte aliado do governo mexicano, cancelou sua participação no último minuto devido aos conflitos políticos internos após a derrota nas recentes eleições regionais de seu partido.
Entre os temas que serão debatidos na Celac estão a distribuição de vacinas anti-Covid e a recuperação econômica, com menos ênfase em questões urgentes como migração e crime organizado.
A Celac é um dos principais fóruns de debates políticos na América Latina e reúne 33 países, ou seja, todas as nações do continente americano, exceto os Estados Unidos e o Canadá. Ela foi criada em 2010, em uma cúpula em Playa del Carmem, no México, durante o governo do então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do México, a Celac promove entre os países da América Latina e do Caribe "uma visão da região como uma comunidade de nações, capaz de diálogo e consenso em temas de interesse comum". "É o único fórum em que os países da região têm uma voz unificada por consenso na discussão dos principais temas globais", conclui. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Deveríamos construir no continente americano algo similar ao que foi a comunidade econômica que foi o início da atual União Europeia", disse Obrador.
Segundo o anfitrião da reunião na Cidade do México, o bloco regional das Américas poderia impulsionar melhor as economias de regiões afetadas pela desigualdade, e também enfrentar crises de saúde e de outras naturezas.
"Estou convencido de que este objetivo ideal pode ser alcançado se refletirmos e concordarmos em três questões fundamentais: a não intervenção e autodeterminação dos povos; cooperação para o desenvolvimento; e ajuda mútua para combater as desigualdades e a discriminação", disse o líder mexicano.
Neste contexto, Obrador reiterou que deve haver um compromisso de respeitar as decisões dos povos individuais, e que nenhum governo "subjugue outro por qualquer motivo", usando por exemplo "sanções diplomáticas ou o uso da força".
Para ele, chegou a hora de "acabar com a inércia e de estabelecer uma relação vigorosa entre os países da América", além de substituir a política de maus tratos e embargos.
O início da cúpula focou nos líderes de centro-esquerda da região, incluindo o novo presidente do Peru, Pedro Castillo, Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Nicolás Maduro, da Venezuela. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não compareceu no evento, assim como o colombiano Iván Duque e o chileno Sebastián Piñera.
O presidente argentino, Alberto Fernández, forte aliado do governo mexicano, cancelou sua participação no último minuto devido aos conflitos políticos internos após a derrota nas recentes eleições regionais de seu partido.
Entre os temas que serão debatidos na Celac estão a distribuição de vacinas anti-Covid e a recuperação econômica, com menos ênfase em questões urgentes como migração e crime organizado.
A Celac é um dos principais fóruns de debates políticos na América Latina e reúne 33 países, ou seja, todas as nações do continente americano, exceto os Estados Unidos e o Canadá. Ela foi criada em 2010, em uma cúpula em Playa del Carmem, no México, durante o governo do então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do México, a Celac promove entre os países da América Latina e do Caribe "uma visão da região como uma comunidade de nações, capaz de diálogo e consenso em temas de interesse comum". "É o único fórum em que os países da região têm uma voz unificada por consenso na discussão dos principais temas globais", conclui. (ANSA)
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