Esse conteúdo é antigo
Apesar de 'pausa espiritual', Papa mantém cardeal de Colônia
BERLIM, 24 SET (ANSA) - O papa Francisco decidiu manter o cardeal Rainer Maria Woelki, arcebispo da Diocese de Colônia, na Alemanha, em meio a um escândalo de abusos sexuais ocorridos no local, informam diversos jornais e sites alemães e vaticanos nesta sexta-feira (24).
Porém, Woelki tirará um período de "pausa espiritual", que deve durar entre o início do mês de outubro e a quaresma de 2022.
A investigação do Vaticano sobre os crimes cometidos internamente mostrou que o cardeal cometeu "grandes erros" na comunicação sobre os abusos, o que contribuiu para uma "crise de confiança" na Igreja Católica, mas que ele não "agiu contra a lei".
O cardeal de Estocolmo, Anders Arborelius, e o bispo de Roterdã, Johannes van den Hende, que foram enviados pelo Papa para Colônia entre o fim de maio e o início junho, constataram que não houve "nenhuma ilegalidade" por parte de Woelki ao receber as denúncias, que foram apuradas, e que ele não tentou encobrir nenhum religioso ou laico sob suspeita.
Francisco ainda "reconheceu a lealdade" de Woelki à Igreja e determinou que, temporariamente, a arquidiocese será gerida por um administrador. "Emergiu a determinação do arcebispo de enfrentar os crimes dos abusos, de cuidar das vítimas e de promover a prevenção", diz o site "Vatican News".
Após o anúncio, o arcebispo se manifestou, assumindo que "errou na comunicação e assumo a responsabilidade por isso". "Isso me faz mal ao coração porque provocou uma crise de confiança no Episcopado - e me dói muito", acrescentou.
O líder católico ainda rejeitou a demissão dos bispos auxiliares Dominikus Schwaderlapp e Ansgar Putt, pois "foram constatados defeitos de gestão, mas não a intenção de cobrir abusos ou de ignorar as vítimas".
O escândalo em Colônia abalou a confiança dos alemães na instituição católica e jogou dúvidas sobre a Igreja. Woelki foi para o meio do furacão após tentar impedir a divulgação de um relatório de 800 páginas que mostrava crimes sexuais cometidos por religiosos e por laicos ligados à Diocese entre os anos de 1975 e 2018.
A atitude de Woelki provocou uma debandada de fiéis das igrejas de Colônia e nunca ficou clara. Por isso, o papa Francisco ordenou uma investigação independente para apurar o que aconteceu. Com a decisão desta sexta-feira, porém, não foi divulgado quais foram as motivações para os "graves erros" do cardeal.
O dossiê revelou que há, ao menos, 314 vítimas de abusos sexuais em atos que teriam sido cometidos por 202 religiosos e laicos.
Cerca de metade das vítimas eram crianças menores de 14 anos, mas há também pessoas maiores de idades. (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Porém, Woelki tirará um período de "pausa espiritual", que deve durar entre o início do mês de outubro e a quaresma de 2022.
A investigação do Vaticano sobre os crimes cometidos internamente mostrou que o cardeal cometeu "grandes erros" na comunicação sobre os abusos, o que contribuiu para uma "crise de confiança" na Igreja Católica, mas que ele não "agiu contra a lei".
O cardeal de Estocolmo, Anders Arborelius, e o bispo de Roterdã, Johannes van den Hende, que foram enviados pelo Papa para Colônia entre o fim de maio e o início junho, constataram que não houve "nenhuma ilegalidade" por parte de Woelki ao receber as denúncias, que foram apuradas, e que ele não tentou encobrir nenhum religioso ou laico sob suspeita.
Francisco ainda "reconheceu a lealdade" de Woelki à Igreja e determinou que, temporariamente, a arquidiocese será gerida por um administrador. "Emergiu a determinação do arcebispo de enfrentar os crimes dos abusos, de cuidar das vítimas e de promover a prevenção", diz o site "Vatican News".
Após o anúncio, o arcebispo se manifestou, assumindo que "errou na comunicação e assumo a responsabilidade por isso". "Isso me faz mal ao coração porque provocou uma crise de confiança no Episcopado - e me dói muito", acrescentou.
O líder católico ainda rejeitou a demissão dos bispos auxiliares Dominikus Schwaderlapp e Ansgar Putt, pois "foram constatados defeitos de gestão, mas não a intenção de cobrir abusos ou de ignorar as vítimas".
O escândalo em Colônia abalou a confiança dos alemães na instituição católica e jogou dúvidas sobre a Igreja. Woelki foi para o meio do furacão após tentar impedir a divulgação de um relatório de 800 páginas que mostrava crimes sexuais cometidos por religiosos e por laicos ligados à Diocese entre os anos de 1975 e 2018.
A atitude de Woelki provocou uma debandada de fiéis das igrejas de Colônia e nunca ficou clara. Por isso, o papa Francisco ordenou uma investigação independente para apurar o que aconteceu. Com a decisão desta sexta-feira, porém, não foi divulgado quais foram as motivações para os "graves erros" do cardeal.
O dossiê revelou que há, ao menos, 314 vítimas de abusos sexuais em atos que teriam sido cometidos por 202 religiosos e laicos.
Cerca de metade das vítimas eram crianças menores de 14 anos, mas há também pessoas maiores de idades. (ANSA).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.