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Senado aprova moção para pedir dissolução de partido neofascista
ROMA, 20 OUT (ANSA) - O Senado da Itália aprovou nesta quarta-feira (20) uma moção apresentada para obrigar o governo a dissolver o movimento neofascista Força Nova (FN), que invadiu a sede do principal sindicato do país durante um protesto violento contra o certificado sanitário anti-Covid no último dia 9 de outubro.
Os senadores votaram a favor do documento proposto pelo bloco de centro-esquerda, que inclui o Partido Democrático (PD), o Movimento 5 Estrelas (M5S), o Itália Viva (IV) e a coalizão Livres e Iguais (LeU). Uma votação semelhante é esperada na Câmara dos Deputados na próxima quinta-feira (21).
Na prática, a moção pede a ativação de um artigo da Constituição Italiana que "proíbe, sob qualquer forma, a reorganização do partido fascista". A votação de hoje serve como uma recomendação e não acarreta nenhuma obrigação legal.
Conforme acordado com o partido ultranacionalista Liga e com o Força Itália (FI), os membros do Irmãos da Itália (FdI) também não participaram da votação. A informação foi confirmada pelo líder do grupo FdI no Senado, Luca Ciriani.
O PD ficou satisfeito com o resultado da votação, mas deixou claro que gostaria do apoio da Liga, FdI e FI. "Sobre o antifascismo, sobre os valores fundadores da nossa Constituição, devemos todos concordar, todos unidos sem qualquer ambiguidade ou distinção", ressaltou a líder do Partido Democrático (PD) no Senado, Simona Malpezzi.
O pedido de dissolução do Força Nova foi apresentado ao Senado após militantes do partido neofascista instarem a multidão a atacar sedes das instituições, como o Palácio Chigi, que abriga o gabinete do premiê Mario Draghi, e liderarem uma invasão à Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil) durante o protesto em Roma. Seis pessoas foram presas, incluindo Roberto Fiore, fundador e líder do movimento.
Fundado em 1997, o FN recusa o rótulo de "neofascista", mas suas manifestações são sempre repletas de referências nostálgicas ao ditador Benito Mussolini e a símbolos do fascismo, como a saudação romana.
Segundo o secretário-geral da CGIL, Maurizio Landini, "a lei permitirá a dissolução do Força Nova", principalmente porque "será um ato de força democrática aplicar a Constituição dissolvendo as forças que se referem ao fascismo". "Além disso, com os sindicatos europeus, uma das ideias é construir uma grande rede antifascista e democrática", concluiu.
Recentemente, Draghi disse que seu governo está considerando a possibilidade de impor uma proibição ao partido. De acordo com a legislação vigente, os grupo neofascistas só podem ser dissolvidos após uma decisão judicial. No entanto, é possível proibir as organizações consideradas uma ameaça à democracia e às liberdade constitucionais por um decreto. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os senadores votaram a favor do documento proposto pelo bloco de centro-esquerda, que inclui o Partido Democrático (PD), o Movimento 5 Estrelas (M5S), o Itália Viva (IV) e a coalizão Livres e Iguais (LeU). Uma votação semelhante é esperada na Câmara dos Deputados na próxima quinta-feira (21).
Na prática, a moção pede a ativação de um artigo da Constituição Italiana que "proíbe, sob qualquer forma, a reorganização do partido fascista". A votação de hoje serve como uma recomendação e não acarreta nenhuma obrigação legal.
Conforme acordado com o partido ultranacionalista Liga e com o Força Itália (FI), os membros do Irmãos da Itália (FdI) também não participaram da votação. A informação foi confirmada pelo líder do grupo FdI no Senado, Luca Ciriani.
O PD ficou satisfeito com o resultado da votação, mas deixou claro que gostaria do apoio da Liga, FdI e FI. "Sobre o antifascismo, sobre os valores fundadores da nossa Constituição, devemos todos concordar, todos unidos sem qualquer ambiguidade ou distinção", ressaltou a líder do Partido Democrático (PD) no Senado, Simona Malpezzi.
O pedido de dissolução do Força Nova foi apresentado ao Senado após militantes do partido neofascista instarem a multidão a atacar sedes das instituições, como o Palácio Chigi, que abriga o gabinete do premiê Mario Draghi, e liderarem uma invasão à Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil) durante o protesto em Roma. Seis pessoas foram presas, incluindo Roberto Fiore, fundador e líder do movimento.
Fundado em 1997, o FN recusa o rótulo de "neofascista", mas suas manifestações são sempre repletas de referências nostálgicas ao ditador Benito Mussolini e a símbolos do fascismo, como a saudação romana.
Segundo o secretário-geral da CGIL, Maurizio Landini, "a lei permitirá a dissolução do Força Nova", principalmente porque "será um ato de força democrática aplicar a Constituição dissolvendo as forças que se referem ao fascismo". "Além disso, com os sindicatos europeus, uma das ideias é construir uma grande rede antifascista e democrática", concluiu.
Recentemente, Draghi disse que seu governo está considerando a possibilidade de impor uma proibição ao partido. De acordo com a legislação vigente, os grupo neofascistas só podem ser dissolvidos após uma decisão judicial. No entanto, é possível proibir as organizações consideradas uma ameaça à democracia e às liberdade constitucionais por um decreto. (ANSA)
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