Com vacinação lenta, Alemanha registra recorde de novos casos de covid-19
A Alemanha registrou 39.676 novos casos de Covid-19 em 24 horas, em número recorde desde o início da pandemia, informou o Instituto Robert Koch nesta quarta-feira (10). Além dos contágios absolutos, a taxa de incidência da doença também é a mais alta até hoje, com 232,1 infecções a cada 100 mil habitantes.
Os números desta semana estão, praticamente, dobrando os registrados na semana anterior e estão causando grande temor nas autoridades sanitárias.
Para o chefe de Virologia do Hospital Charitè, um dos mais importantes de Berlim, Christian Drosten, se a campanha de vacinação contra a doença não for acelerada, a Alemanha passará "em breve" a marca das 100 mil mortes.
"Temos que fazer algo agora. Estamos em uma verdadeira situação de emergência [e] precisamos reduzir de novo os contágios", acrescentou Drosten.
Até o momento, a Alemanha tem 4.866.934 contaminações confirmadas e 97.026 óbitos.
O principal ponto apontado por todas as autoridades é a estagnação da campanha de vacinação somada ao afrouxamento quase total das regras sanitárias e de convivência. As áreas mais afetadas pela nova onda de contágios são, justamente, as que têm a imunização mais baixa, como Saxônia e Turíngia.
O portal Our World in Data mostra nesta quarta-feira que 66,57% dos alemães com mais de 12 anos já receberam as duas doses das vacinas e outros 2,54% receberam a primeira dose. Ao todo, 69,11% da população-alvo está sendo imunizada. Para se ter ideia, há cinco dias, esse índice era de 68,9%.
O porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, afirmou que a "cota de vacinados na Alemanha não é suficiente para combater o ímpeto de contágio da Covid" e que se "tivéssemos cerca de 10% a 15% de vacinados a mais, teríamos uma incidência inferior".
Para sustentar sua afirmação, o representante destacou que isso é possível verificar em Portugal e na Itália que, apesar de também estarem enfrentando uma alta nos contágios, os índices estão muito menores do que na Alemanha.
Recentemente, o ministro da Saúde, Jens Spahn, afirmou que o governo deveria endurecer as regras para os certificados sanitários, assim como os italianos fazem desde 15 de outubro.
Com isso, se houvesse reforço na checagem do documento e incentivo à vacinação, não haveria necessidade de impor regras sanitárias mais rígidas.
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