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Bolsonaro se filia a partido de condenado no mensalão

30/11/2021 14h08

SÃO PAULO, 30 NOV (ANSA) - O presidente Jair Bolsonaro se filiou nesta terça-feira (30) ao PL, encerrando um período de dois anos sem partido.   


O mandatário havia saído do PSL em novembro de 2019, com a intenção de criar uma nova legenda política, mas fracassou em sua iniciativa e teve de recorrer a uma sigla do centrão para conseguir disputar as eleições de 2022.   


Esse já é o oitavo partido na trajetória política de Bolsonaro, que agora passa a fazer parte da legenda comandada por Valdemar da Costa Neto, condenado a sete anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do mensalão.   


A filiação do presidente ocorreu em um auditório lotado em Brasília, sob os gritos de "mito". Bolsonaro também levou para o partido seu filho mais velho, o senador Flávio, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.   


Em discurso na cerimônia, o presidente voltou a repetir sua cantilena sobre o risco de o Brasil se tornar uma Venezuela.   


"Nós tiramos o Brasil da esquerda. Olha para onde estávamos indo, olha para onde foram certos países, como a Venezuela. Nós não queremos isso", disse Bolsonaro, segundo relato do portal UOL.   


O presidente perde para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todas as pesquisas para 2022, mas nos últimos dias seu séquito também tem voltado os ataques para o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que já aparece em terceiro lugar nas sondagens e ameaça roubar eleitores no campo de ultradireita.   


"A política pode até perdoar a traição, mas não perdoa o traidor. A decepção vem na proporção inversa da admiração que as pessoas possuíam por ela", disse Flávio em referência a Moro, que foi ministro do governo Bolsonaro e saiu do governo acusando o presidente de interferir politicamente na Polícia Federal para proteger os filhos.   


A entrada de Bolsonaro no PL também reforça seu casamento com o centrão, grupo de partidos fisiológicos e conservadores que condiciona seu apoio ao governo à liberação de verbas e cargos.   


(ANSA).   


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