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'Queremos desenvolver produtos no Brasil', diz italiana Leonardo
SÃO PAULO, 3 DEZ (ANSA) - Presente no Brasil há mais de 40 anos, a empresa Leonardo vem investindo para ampliar sua presença no país e promover um portfólio que vai de soluções para cidades inteligentes até caças militares de última geração.
O exemplo mais recente é a inauguração de um centro de manutenção de helicópteros em Itapevi, na Grande São Paulo, fruto de um aporte de cerca de R$ 60 milhões e cujo objetivo é dar suporte operacional e logístico aos clientes do grupo.
"É uma obra muito importante porque é um testemunho de como a Leonardo acredita muito no Brasil", conta Francesco Moliterni, presidente da multinacional italiana no país, em entrevista à ANSA.
Ao mesmo tempo, a empresa trabalha para fortalecer seu centro de manutenção de helicópteros no Rio de Janeiro, que dá suporte à Marinha brasileira, e seu escritório em Brasília, responsável por coordenar as atividades na América Latina.
"A pandemia não atrapalhou nossos projetos, a gente está avançando muito", acrescenta Moliterni, que tem viajado por todo o Brasil para conhecer de perto sua base industrial e promover o portfólio da Leonardo.
O nome da empresa, aliás, não é coincidência: antiga Finmeccanica, a companhia foi rebatizada em janeiro de 2017 para homenagear o gênio renascentista Leonardo da Vinci, que, mais do que um pintor virtuoso, foi um polímata cujos interesses abarcavam os mais diversos campos do conhecimento.
Atualmente, a Leonardo possui cinco divisões (helicópteros, aviões, estruturas aéreas, eletrônica e segurança cibernética), com uma ampla gama de produtos e soluções para os setores de defesa, aeroespacial e de segurança.
A principal delas é a de helicópteros, responsável por cerca de 30% do faturamento em 2020 e com mais de 15 mil unidades entregues desde 1950. Dessas, mais de 500 estão em operação atualmente na América Latina, sendo 190 no Brasil , das quais 120 em São Paulo.
Viagens pelo Brasil - No entanto, apesar do poderio no setor de helicópteros, Moliterni diz que seu objetivo é desenvolver todo o portfólio da Leonardo no Brasil, que é visto pelo grupo italiano como uma base industrial para toda a América Latina.
O executivo cita como exemplo de sucesso o caça de ataque AMX, desenvolvido na década de 1980 em conjunto com a Embraer. "É um motivo de grande orgulho e uma prova de que o italiano sabe trabalhar muito bem com o brasileiro", diz.
Moliterni conta que tem viajado muito pelo Brasil para conhecer seu parque industrial, além de universidades e centros de pesquisa - a Leonardo investe 15% de sua receita anual em pesquisa e desenvolvimento.
Apenas nos últimos meses, o presidente já passou por São José dos Campos, Porto Alegre, Bahia, Recife, entre outros. "O Brasil é gigantesco", brinca. De acordo com o executivo, ele ficou "muito impressionado" com o alto nível de capacidade visto na indústria brasileira e com a qualidade dos centros de pesquisa.
"Estamos avançando muito para ter vários parceiros, porque queremos desenvolver produtos aqui no Brasil. A Leonardo está disponível para fazer parcerias com empresas brasileiras em vários setores, porque não somos só defesa. A Leonardo é segurança, é espaço, é saúde, é meio ambiente", ressalta.
Produtos e soluções - Em suas apresentações pelo Brasil, a Leonardo tem promovido produtos como o C-27J, um avião tático que pode ser usado em combate a incêndios e outras missões de proteção civil. A aeronave opera na América Latina há bastante tempo e integra a Força Aérea do Peru, que a usou para transportar doentes durante a pandemia de Covid-19.
Além disso, a empresa fez recentemente um workshop para bombeiros do Distrito Federal para apresentar o conceito de um centro operacional para prevenção de emergências. Essa solução utiliza sistemas integrados de comando, controle e comunicação para garantir a coordenação entre aviões, helicópteros e satélites, bem como dos vários atores envolvidos em ações do tipo.
Outra aposta da Leonardo é no conceito de cidades inteligentes.
Em junho passado, a empresa assinou um memorando de cooperação com outras duas gigantes italianas - TIM e Enel X - para levar essa ideia aos municípios brasileiros.
Um projeto-piloto já está em curso em Maricá (RJ) e mira transformar a cidade em um laboratório de tecnologias de ponta e soluções para áreas como mobilidade urbana, conectividade, transformação digital, serviços financeiros, energia, segurança e saúde.
"Estamos apresentando o conceito de cidade inteligente para várias prefeituras e vários governos", diz Moliterni, que prevê novidades para o ano que vem. Maricá também vai ganhar em breve o maior teleporto da América Latina, cujas obras já foram iniciadas pela Telespazio, subsidiária da Leonardo. (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O exemplo mais recente é a inauguração de um centro de manutenção de helicópteros em Itapevi, na Grande São Paulo, fruto de um aporte de cerca de R$ 60 milhões e cujo objetivo é dar suporte operacional e logístico aos clientes do grupo.
"É uma obra muito importante porque é um testemunho de como a Leonardo acredita muito no Brasil", conta Francesco Moliterni, presidente da multinacional italiana no país, em entrevista à ANSA.
Ao mesmo tempo, a empresa trabalha para fortalecer seu centro de manutenção de helicópteros no Rio de Janeiro, que dá suporte à Marinha brasileira, e seu escritório em Brasília, responsável por coordenar as atividades na América Latina.
"A pandemia não atrapalhou nossos projetos, a gente está avançando muito", acrescenta Moliterni, que tem viajado por todo o Brasil para conhecer de perto sua base industrial e promover o portfólio da Leonardo.
O nome da empresa, aliás, não é coincidência: antiga Finmeccanica, a companhia foi rebatizada em janeiro de 2017 para homenagear o gênio renascentista Leonardo da Vinci, que, mais do que um pintor virtuoso, foi um polímata cujos interesses abarcavam os mais diversos campos do conhecimento.
Atualmente, a Leonardo possui cinco divisões (helicópteros, aviões, estruturas aéreas, eletrônica e segurança cibernética), com uma ampla gama de produtos e soluções para os setores de defesa, aeroespacial e de segurança.
A principal delas é a de helicópteros, responsável por cerca de 30% do faturamento em 2020 e com mais de 15 mil unidades entregues desde 1950. Dessas, mais de 500 estão em operação atualmente na América Latina, sendo 190 no Brasil , das quais 120 em São Paulo.
Viagens pelo Brasil - No entanto, apesar do poderio no setor de helicópteros, Moliterni diz que seu objetivo é desenvolver todo o portfólio da Leonardo no Brasil, que é visto pelo grupo italiano como uma base industrial para toda a América Latina.
O executivo cita como exemplo de sucesso o caça de ataque AMX, desenvolvido na década de 1980 em conjunto com a Embraer. "É um motivo de grande orgulho e uma prova de que o italiano sabe trabalhar muito bem com o brasileiro", diz.
Moliterni conta que tem viajado muito pelo Brasil para conhecer seu parque industrial, além de universidades e centros de pesquisa - a Leonardo investe 15% de sua receita anual em pesquisa e desenvolvimento.
Apenas nos últimos meses, o presidente já passou por São José dos Campos, Porto Alegre, Bahia, Recife, entre outros. "O Brasil é gigantesco", brinca. De acordo com o executivo, ele ficou "muito impressionado" com o alto nível de capacidade visto na indústria brasileira e com a qualidade dos centros de pesquisa.
"Estamos avançando muito para ter vários parceiros, porque queremos desenvolver produtos aqui no Brasil. A Leonardo está disponível para fazer parcerias com empresas brasileiras em vários setores, porque não somos só defesa. A Leonardo é segurança, é espaço, é saúde, é meio ambiente", ressalta.
Produtos e soluções - Em suas apresentações pelo Brasil, a Leonardo tem promovido produtos como o C-27J, um avião tático que pode ser usado em combate a incêndios e outras missões de proteção civil. A aeronave opera na América Latina há bastante tempo e integra a Força Aérea do Peru, que a usou para transportar doentes durante a pandemia de Covid-19.
Além disso, a empresa fez recentemente um workshop para bombeiros do Distrito Federal para apresentar o conceito de um centro operacional para prevenção de emergências. Essa solução utiliza sistemas integrados de comando, controle e comunicação para garantir a coordenação entre aviões, helicópteros e satélites, bem como dos vários atores envolvidos em ações do tipo.
Outra aposta da Leonardo é no conceito de cidades inteligentes.
Em junho passado, a empresa assinou um memorando de cooperação com outras duas gigantes italianas - TIM e Enel X - para levar essa ideia aos municípios brasileiros.
Um projeto-piloto já está em curso em Maricá (RJ) e mira transformar a cidade em um laboratório de tecnologias de ponta e soluções para áreas como mobilidade urbana, conectividade, transformação digital, serviços financeiros, energia, segurança e saúde.
"Estamos apresentando o conceito de cidade inteligente para várias prefeituras e vários governos", diz Moliterni, que prevê novidades para o ano que vem. Maricá também vai ganhar em breve o maior teleporto da América Latina, cujas obras já foram iniciadas pela Telespazio, subsidiária da Leonardo. (ANSA).
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