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Moraes manda Bolsonaro depor sobre vazamento de inquérito amanhã

27/01/2022 20h11

SÃO PAULO, 27 JAN (ANSA) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes determinou nesta quinta-feira (27) que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento à Polícia Federal (PF), até esta sexta (28), no inquérito que apura o vazamento de documentos sigilosos em uma transmissão online do mandatário nas redes sociais.   


Segundo Moraes, a PF terá que colher o depoimento de Bolsonaro no início da tarde em Brasília. A decisão foi tomada após o ministro do STF negar um pedido do presidente, que pediu para não ser ouvido na investigação.   


Hoje, uma solicitação para Bolsonaro não depor foi apresentado ao STF pela Advocacia-Geral da União. No documento, a AGU alega ter sido surpreendida com o que considerou "vazamento de informação sensível".   


Moraes, por sua vez, mandou quebrar o sigilo do inquérito e ordenou que a PF conclua a investigação, depois do interrogatório.   


O caso refere-se ao dia 4 de agosto, quando Bolsonaro usou suas redes sociais para divulgar a íntegra de um inquérito que investiga um possível ataque hacker contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocorrido em 2018.   


Os documentos sigilosos foram usados para embasar a retórica do presidente de que há "fraudes" nas urnas eletrônicas - acusação que não conseguiu comprovar até hoje.   


Moraes determinou, em 12 de agosto, a remoção dos links disponibilizados por Bolsonaro e determinou o afastamento de Victor Neves Feitosa, delegado da PF que era o responsável pelo caso. A investigação inclui o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que participou de uma live com o mandatário quando houve a revelação do documento.   


À época, o ministro do STF destacou que "sem a existência de qualquer justa causa, o sigilo dos autos foi levantado e teve o seu conteúdo parcialmente divulgado" com o objetivo "tentar demonstrar a existência de fraudes nas eleições e ratificar suas declarações anteriores".   


O TSE informou que a tentativa de ataque não afetou a votação ou as urnas eletrônicas. (ANSA).   


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