Justiça da Itália nega pedido de pais para que filho só receba sangue de doadores não vacinados
Um tribunal de Modena, na Itália, se pronunciou hoje sobre o caso da cirurgia cardíaca de um menino em Bolonha e negou o pedido dos pais para que a criança só recebesse sangue de doadores não vacinados contra a Covid-19.
A derrota judicial dos familiares foi confirmada pelo advogado Ugo Bertaglia.
O pequeno precisa passar por uma delicada cirurgia no coração, mas na última semana os pais se negaram a permitir a operação no hospital Sant'Orsola porque queriam garantias de que o sangue usado não fosse de vacinados e que, por isso, queriam que o hospital aceitasse a doação de pessoas antivacina indicadas por eles.
No entanto, a instituição sanitária informou que isso não seria possível porque o sangue doado passa por uma série de critérios técnicos e de segurança e que a doação é sempre anônima, com o que há de mais compatível com o paciente.
Os pais não aceitaram a explicação e entraram na Justiça questionando a medida. Nesta terça, o juiz tutelar deu razão ao hospital.
Conforme o advogado, o magistrado afirmou na decisão que há "garantias de absoluta segurança do sangue fornecido pelo hospital", fazendo assim com que seja superada a objeção dos pais que, por motivos religiosos, querem que o sangue venha de não vacinados.
Segundo os médicos, o menino - que não teve a idade revelada - precisa passar pelo procedimento cirúrgico de maneira urgente.
Dados do Ministério da Saúde da Itália mostram que mais de 91% da população com mais de 12 anos já iniciou o ciclo vacinal contra a Covid-19; 88,4% tomaram as duas doses; e 83% receberam as três.
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