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Medvedev critica plano de paz da Itália para Ucrânia
ROMA, 24 MAI (ANSA) - O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, criticou o plano de paz apresentado à ONU pela Itália, que prevê um percurso em quatro etapas para encerrar a guerra na Ucrânia.
"Tenho a sensação de que foi preparado não por diplomatas, mas sim por cientistas políticos locais que leram jornais provinciais e operam apenas com base nas notícias falsas ucranianas", declarou Medvedev, figura influente do regime de Vladimir Putin.
"Iniciativas de paz devem se basear em uma abordagem real que reflita o estado das coisas", acrescentou. O plano foi levado ao secretário-geral da ONU, António Guterres, pelo ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, em 18 de maio.
A proposta prevê um percurso de quatro etapas, sob a supervisão de um "grupo internacional de facilitação": cessar-fogo, possível neutralidade da Ucrânia, questões territoriais (Crimeia e Donbass) e um novo pacto de segurança europeia.
A lealdade das partes aos compromissos assumidos seria avaliada em cada fase do plano antes de se passar ao estágio sucessivo. A primeira etapa, o cessar-fogo, seria acompanhada da desmilitarização das frentes de batalha para permitir o avanço das negociações.
O segundo passo giraria em torno de tratativas multilaterais sobre o futuro status internacional da Ucrânia, que já abriu mão de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas quer entrar na União Europeia.
O terceiro estágio - e o mais delicado - diz respeito ao destino da Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014, e do Donbass, onde ficam as autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk. Moscou defende a soberania dessas regiões, mas a Ucrânia não abre mão de sua integridade territorial.
O plano seria concluído com um novo acordo multilateral sobre a paz e a segurança na Europa. "As repúblicas do Donbass já tomaram as decisões finais sobre seus status e não voltarão nunca mais [para a Ucrânia]", garantiu Medvedev.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o governo russo ainda não viu a proposta italiana e que espera recebê-la "através de canais diplomáticos". (ANSA).
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"Tenho a sensação de que foi preparado não por diplomatas, mas sim por cientistas políticos locais que leram jornais provinciais e operam apenas com base nas notícias falsas ucranianas", declarou Medvedev, figura influente do regime de Vladimir Putin.
"Iniciativas de paz devem se basear em uma abordagem real que reflita o estado das coisas", acrescentou. O plano foi levado ao secretário-geral da ONU, António Guterres, pelo ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, em 18 de maio.
A proposta prevê um percurso de quatro etapas, sob a supervisão de um "grupo internacional de facilitação": cessar-fogo, possível neutralidade da Ucrânia, questões territoriais (Crimeia e Donbass) e um novo pacto de segurança europeia.
A lealdade das partes aos compromissos assumidos seria avaliada em cada fase do plano antes de se passar ao estágio sucessivo. A primeira etapa, o cessar-fogo, seria acompanhada da desmilitarização das frentes de batalha para permitir o avanço das negociações.
O segundo passo giraria em torno de tratativas multilaterais sobre o futuro status internacional da Ucrânia, que já abriu mão de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas quer entrar na União Europeia.
O terceiro estágio - e o mais delicado - diz respeito ao destino da Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014, e do Donbass, onde ficam as autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk. Moscou defende a soberania dessas regiões, mas a Ucrânia não abre mão de sua integridade territorial.
O plano seria concluído com um novo acordo multilateral sobre a paz e a segurança na Europa. "As repúblicas do Donbass já tomaram as decisões finais sobre seus status e não voltarão nunca mais [para a Ucrânia]", garantiu Medvedev.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o governo russo ainda não viu a proposta italiana e que espera recebê-la "através de canais diplomáticos". (ANSA).
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