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Errata: Igreja Ortodoxa da Ucrânia rompe relações com Rússia

27/05/2022 18h46

ROMA, 27 MAI (ANSA) - O ramo da Igreja Ortodoxa da Ucrânia ainda ligado a Moscou afirmou nesta sexta-feira (27) ter cortado todos os laços com a Rússia por causa da invasão, declarando sua "plena independência".   

A Igreja Ortodoxa Ucraniana já era independente do Patriarcado de Moscou desde janeiro de 2019, o que causou um cisma na religião, mas uma pequena dissidência ainda seguia subordinada ao chefe da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, apoiador do regime de Vladimir Putin.   

"Discordamos da posição do patriarca Cirilo de Moscou... sobre a guerra", disse a igreja em um comunicado depois de realizar um conselho com foco na "agressão" da Rússia contra a Ucrânia, onde declarou a "total independência e autonomia da Igreja Ortodoxa Ucraniana".   

Em nota, o Conselho ucraniano disse que "condena a guerra como uma violação do mandamento de Deus 'Não Matarás' e expressa suas condolências a todos os que sofreram" no conflito.   

Além disso, os religiosos pediram que Rússia e Ucrânia "sigam com o processo de negociação" e procurem uma forma de "parar o derramamento de sangue".   

Patriarca de Moscou desde 2009, Cirilo é o principal líder religioso do país com a maior população ortodoxa no mundo em termos absolutos. Desde o início da invasão à Ucrânia, o primaz sempre mostrou alinhamento com o regime de Vladimir Putin e chegou a culpar o Ocidente e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pela guerra.   

A postura de Cirilo o afastou também do papa Francisco, com quem se encontraria em junho deste ano, em Jerusalém, e provocou críticas do líder católico.   

Errata: A versão inicial deste texto dizia que a Igreja Ortodoxa da Ucrânia era apoiada por Moscou. Na verdade a informação diz respeito a um ramo da Igreja Ortodoxa ucraniana que ainda seguia fiel a Moscou. (ANSA).   

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