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G7 reforça compromisso com sanções contra Rússia

27/06/2022 08h37

ELMAU, 27 JUN (ANSA) - Os líderes dos países que compõem o G7 reforçaram seu compromisso em manter e até ampliar as sanções contra a Rússia e destacam sua parceria com a Ucrânia no texto da declaração final do encontro divulgado nesta segunda-feira (27).   

"Estamos determinados em reduzir as receitas da Rússia, incluindo aquelas que provêm do ouro. Continuaremos com o nosso uso mirado de sanções coordenadas por todo o tempo que for necessário, agindo de maneira uníssona em cada fase", ressaltam os chefes de governo e Estado da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.   

Ainda no texto, as nações afirmam que têm o compromisso de "ajudar a Ucrânia para o fim da guerra da Rússia, a manter a soberania e a integridade territorial, a defender-se e a escolher o seu futuro".   

"Permanecemos inflexíveis no compromisso para ter sanções coordenadas e sem precedentes em resposta à agressão russa.   

Estamos empenhados em aumentar a pressão sobre o regime do presidente [Vladimir] Putin e seus cúmplices em Belarus", pontua ainda.   

Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, o regime de Minsk vem permitindo a entrada de soldados russos no território ucraniano além de enviar armas para os militares e permitir lançamentos de mísseis contra cidades governadas por Kiev.   

Os líderes também voltam a culpar Moscou por conta da crise de segurança alimentar que é sentida no mundo todo, dizendo que a Rússia tem "enorme responsabilidade" na situação atual. A declaração pedem que o Kremlin "cesse urgentemente, sem condições, os seus ataques às infraestruturas agrícolas e de transporte e permita a livre passagem do transporte agrícola dos portos ucranianos no Mar Negro".   

As afirmações referem-se a dois pontos principais: o primeiro é que, com o controle dos militares russos de todos os portos ucranianos, milhões de toneladas de grãos colhidos no país em guerra estão bloqueados porque não há passagem por via marítima; o segundo são as acusações de Kiev de que os soldados - por ordem do governo de Vladimir Putin - estão roubando cargas ucranianas e exportando como se fossem russas.   

Antes da guerra, a Ucrânia produzia cerca de 65 milhões de toneladas de grãos e estima-se que cerca de 20 milhões de toneladas estejam paradas nos silos do país.   

"O ataque não provocado da Rússia na Ucrânia está criando obstáculos em sua capacidade de produção, levando a um forte aumento de preços e ao aumento da insegurança alimentar global para milhões de pessoas, especialmente, as mais vulneráveis", pontua ainda.   

Os líderes ainda pedem que Moscou "mande de volta imediatamente" os ucranianos que foram obrigados a ir para cidades russas após suas cidades terem sido tomadas por militares.   

A declaração final ainda destaca que o G7 "continuará a garantir apoio financeiro, humanitário, militar, diplomático e estará ao lado da Ucrânia até que seja necessário".   

"Continuaremos a coordenar para prover material, treinamento, logística, inteligência e apoio econômico para treinar as suas forças armadas", acrescentam, em texto que reflete o que havia sido anunciado na última semana pelo Reino Unido, de que os treinamentos seriam reforçados pelos países aliados.   

O G7 e a União Europeia lideram a imposição de sanções contra o governo de Putin como forma de tentar enfraquecer a economia russa e forçar a paralisação da guerra. No entanto, até o momento, os esforços não foram suficientes para isso. Mesmo impondo punições sem precedentes, Moscou continua a bombardear as áreas leste e sul da Ucrânia para torná-las independentes de Kiev e ligadas aos russos.   

E, em um sinal de provocação, Putin ordenou um ataque em Kiev neste domingo (26) enquanto os líderes do G7 estavam reunidos na Alemanha. (ANSA).   

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