Odinga não reconhece derrota e anuncia recurso no Quênia
NAIRÓBI, 16 AGO (ANSA) - O candidato à Presidência no Quênia, Raila Odinga, rejeitou reconhecer a derrota para William Ruto e anunciou que entrou com recursos contra os resultados das eleições presidenciais nesta terça-feira (16).
"O que vimos ontem foi uma paródia e um desprezo flagrante pela Constituição do Quênia. Foi uma farsa", disse Odinga à imprensa referindo-se ao anúncio formal dos resultados pelo presidente da Comissão Eleitoral do país, Wafula Chebukati.
"O nosso parecer é claro. Os dados anunciados por Chebukati devem ser anulados por um tribunal. No nosso ver, não há um vencedor legalmente e validamente declarado e nem um presidente eleito", acrescentou.
Odinga, no entanto, pediu para que seus apoiadores "continuem a manter a calma" e não se envolvam em embates por conta dos resultados.
"Que ninguém tente fazer a lei valer com as próprias mãos porque a justiça vai prevalecer", pontuou ainda, ressaltando que seu partido irá "perseguir todas as opções constitucionais e legais na justiça".
Nesta segunda-feira (15), Chebukati anunciou os resultados oficiais da contagem das cédulas, que apontaram Ruto como o vencedor com 50,49% dos votos. Odinga obteve 48,8%. Como o vitorioso teve mais de 50% dos votos e conseguiu vitórias em um quarto das províncias, a disputa foi encerrada já no primeiro turno.
Porém, horas antes do anúncio formal, quatro dos sete membros do Conselho Eleitoral afirmaram publicamente que não concordavam com a contagem realizada e chamaram todo o processo de "opaco".
Chebukati, por sua vez, disse que seguiu "todas as leis" do país e que não houve nada de irregular.
Ruto, 55 anos, é um ex-empresário e que atualmente ocupa a vice-presidência no governo de Uhuru Kennyatta. No entanto, ele e o mandatário romperam politicamente após Kennyatta fechar um acordo com Odinga após a vitória eleitoral à Presidência em 2018.
Por isso, o atual chefe de Estado apoiou declaradamente Odinga, 77 anos, que, até o acordo de quatro anos atrás, era o líder da oposição no país.
As eleições do dia 9 de agosto foram a quinta vez que os quenianos foram eleger um presidente de maneira democrática e a primeira que aconteceu em um clima mais pacífico do que as anteriores. Em 2017, na reeleição de Kennyatta, mais de 100 pessoas morreram em brigas partidárias por todo o país. (ANSA).
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"O que vimos ontem foi uma paródia e um desprezo flagrante pela Constituição do Quênia. Foi uma farsa", disse Odinga à imprensa referindo-se ao anúncio formal dos resultados pelo presidente da Comissão Eleitoral do país, Wafula Chebukati.
"O nosso parecer é claro. Os dados anunciados por Chebukati devem ser anulados por um tribunal. No nosso ver, não há um vencedor legalmente e validamente declarado e nem um presidente eleito", acrescentou.
Odinga, no entanto, pediu para que seus apoiadores "continuem a manter a calma" e não se envolvam em embates por conta dos resultados.
"Que ninguém tente fazer a lei valer com as próprias mãos porque a justiça vai prevalecer", pontuou ainda, ressaltando que seu partido irá "perseguir todas as opções constitucionais e legais na justiça".
Nesta segunda-feira (15), Chebukati anunciou os resultados oficiais da contagem das cédulas, que apontaram Ruto como o vencedor com 50,49% dos votos. Odinga obteve 48,8%. Como o vitorioso teve mais de 50% dos votos e conseguiu vitórias em um quarto das províncias, a disputa foi encerrada já no primeiro turno.
Porém, horas antes do anúncio formal, quatro dos sete membros do Conselho Eleitoral afirmaram publicamente que não concordavam com a contagem realizada e chamaram todo o processo de "opaco".
Chebukati, por sua vez, disse que seguiu "todas as leis" do país e que não houve nada de irregular.
Ruto, 55 anos, é um ex-empresário e que atualmente ocupa a vice-presidência no governo de Uhuru Kennyatta. No entanto, ele e o mandatário romperam politicamente após Kennyatta fechar um acordo com Odinga após a vitória eleitoral à Presidência em 2018.
Por isso, o atual chefe de Estado apoiou declaradamente Odinga, 77 anos, que, até o acordo de quatro anos atrás, era o líder da oposição no país.
As eleições do dia 9 de agosto foram a quinta vez que os quenianos foram eleger um presidente de maneira democrática e a primeira que aconteceu em um clima mais pacífico do que as anteriores. Em 2017, na reeleição de Kennyatta, mais de 100 pessoas morreram em brigas partidárias por todo o país. (ANSA).
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