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Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos

31/12/2022 08h30

VATICANO, 31 DEZ (ANSA) - O papa emérito Bento XVI morreu na manhã deste sábado (31), aos 95 anos de idade, quase uma década após sua renúncia ao comando da Igreja Católica.   

"Com dor, informo que o papa emérito Bento XVI morreu hoje, às 9h34, no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano", disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.   

Seu corpo ficará exposto para a despedida dos fiéis a partir da manhã da próxima segunda-feira (2), porém ainda não há mais informações sobre o funeral e o sepultamento.   

O quadro de saúde de Joseph Ratzinger começou a se agravar nos dias anteriores ao Natal, quando ele apresentou problemas respiratórios, porém a situação se tornou pública apenas na última quarta (28), após o papa Francisco pedir "orações" dos fiéis pela saúde de seu antecessor.   

Nascido na pequena cidade de Marktl am Inn, no estado alemão da Baviera, em 16 de abril de 1927, Ratzinger era filho de um agricultor e uma cozinheira e, na adolescência, foi membro da Juventude de Hitler, etapa obrigatória para jovens durante o regime nazista.   

Após a queda da Alemanha na Segunda Guerra, foi prisioneiro dos aliados durante um breve tempo e, após conquistar a liberdade, enveredou pelos estudos religiosos, tornando-se padre e obtendo doutorado em teologia.   

No ano de 1977, Ratzinger foi nomeado arcebispo de Munique e Freising pelo papa Paulo VI e, em junho do mesmo ano, tornou-se cardeal.   

Em 1981, já com a fama de teólogo respeitado, foi nomeado por João Paulo II como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, importante dicastério da Cúria Romana herdeiro da Santa Inquisição.   

Ele permaneceu no cargo até abril de 2005, quando venceu o conclave para escolher o sucessor de João Paulo II.   

Em fevereiro de 2013, no entanto, renunciou ao trono de Pedro alegando não ter mais forças para seguir na função, abrindo caminho para a ascensão do progressista Francisco. Bento XVI foi o primeiro papa a renunciar em cerca de 600 anos.   

Após sua abdicação, Ratzinger passou a viver de forma reclusa no Mosteiro Mater Ecclesiae, fazendo raras aparições públicas.   

Sua rotina era marcada por orações, leituras, correspondências, música e passeios nos Jardins Vaticanos. (ANSA).   

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