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Número de mortos na guerra entre Israel e Hamas chega a 5,5 mil

20/10/2023 09h44

ROMA, 20 OUT (ANSA) - O número de mortes em Gaza causadas por ataques israelenses em decorrência da guerra contra o grupo fundamentalista islâmico Hamas ultrapassou a marca de 4 mil, informou o Ministério da Saúde local nesta sexta-feira (20).   

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Segundo o novo boletim, 4.137 pessoas perderam a vida, enquanto outras 13 mil estão feridas. Já em Israel, a quantidade de vítimas é de mais de 1,4 mil. O total de mortos no conflito é de 5,5 mil.   

Nesta manhã, após aproximadamente 11 horas de relativa "tranquilidade", os disparos de foguetes foram retomados de Gaza em direção ao sul do Israel. As sirenes de alarme soaram várias vezes nas comunidades próximas da Faixa, incluindo Sderot, além de Jerusalém.   

Durante a noite passada, mais de 100 alvos do Hamas foram atingidos por Israel em Gaza. Entre eles está um membro do comando naval do grupo fundamentalista, Amjad Majed Muhammad Abu 'Odeh, considerado pelos israelenses com co-responsável pelo ataque de 7 de outubro e pelo massacre de civis.   

O Exército informou ainda que também atingiu um túnel, depósitos de armas e alguns centros de comando. Uma equipe de lançadores de foguetes do Hamas que tentou atingiu um avião também foi neutralizada.   

As tropas de Israel estão se preparando para a próxima fase da guerra, que será a entrada das forças por terra em Gaza e, de acordo com o embaixador de Israel na Rússia, Alexander Ben Zvi, a "decisão de lançar a operação terrestre na Faixa de Gaza foi tomada".   

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou ao Parlamento de Israel que existem três fases com as quais o governo pretende eliminar o Hamas.   

"A primeira fase é um tiroteio prolongado em Gaza com uma manobra terrestre para eliminar os membros do Hamas e as estruturas da facção. Já a segunda é uma fase intermediária para eliminar ninhos de resistência. A terceira, em vez disso, é a criação na Faixa de uma nova realidade de segurança tanto para os cidadãos de Israel como para os próprios habitantes de Gaza", explicou Gallant.   

Segundo um porta-voz de Israel, o número confirmado de soldados mortos em combate é de 306, enquanto que os reféns são 203 e há mais de 100 desaparecidos. A maioria dos sequestrados está viva.   

Além disso, as autoridades israelenses afirmaram que ao menos três terroristas do Hezbollah foram identificados na zona fronteiriça com o Líbano pelos militares israelenses após uma ofensiva aérea.   

ONU - Hoje, o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, afirmou que "qualquer escalada da ação militar israelense em Gaza será "catastrófica" para a população.   

"Posso afirmar com certeza que qualquer nova escalada ou mesmo apenas a continuação das atividades militares será simplesmente catastrófica para o povo de Gaza", acrescentou o italiano.   

O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou mais cedo à passagem de Rafah, no Egito, para preparar a entrada de ajuda humanitária em Gaza.   

Centenas de caminhões carregando ajuda vinda de agências da ONU, organizações internacionais e governos estão parados do outro lado da fronteira, enquanto aguarda a abertura da passagem de Rafah.   

Em pronunciamento, Guterres exigiu que Israel e Egito, que negociam a liberação do corredor, abram imediatamente a passagem para a entrada dos caminhões em Gaza.   

Por sua vez, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou que está trabalhando para garantir a abertura da passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito.   

"Vamos ver qual será o momento. Precisamos de um acordo entre israelenses e egípcios para obter ajuda humanitária, há problemas organizacionais e espero que todos possamos trabalhar juntos para também retirar os nossos 12-15 italianos que estão na Faixa de Gaza", declarou o chanceler.   

Segundo Tajani, o grupo poderia passar pela área juntamente com outros ocidentais e ao mesmo tempo levar ajuda humanitária à população civil.   

No entanto, a passagem de Rafah ainda está fechada e não houve nenhum movimento, o que indica que a proibição israelense à entrada de ajuda humanitária permanece por enquanto, relataram fontes locais à ANSA. (ANSA).   

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