Autoridades brasileiras pretendem ir para Itália ouvir mafioso

SÃO PAULO, 6 AGO (ANSA) - As autoridades brasileiras deverão viajar em breve para a Itália com o objetivo de receber informações da delação do mafioso Vincenzo Pasquino, extraditado pelo país sul-americano em março.   

O criminoso, que colabora com a justiça em solo italiano, revelou detalhes importantes sobre as ligações entre a 'ndrangheta e as duas principais facções criminosas do Brasil: o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.   

As informações, veiculadas pela TV Globo, são do secretário de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo. Ele afirmou que a delação de Pasquino poderá ser importante para a "desestruturação dessas organizações criminosas".   

Membro da 'ndrangheta desde 2011, o mafioso se mudou para o Brasil em 2017 e vivia em São Paulo, onde era responsável pela organização da logística do envio de cocaína para a Europa.   

O italiano havia estabelecido base no bairro do Tatuapé, zona leste de SP, região onde as lideranças do PCC possuem inúmeros imóveis de luxo e apelidada por promotores paulistas de "Little Italy", em referência a uma área homônima de Nova York antes dominada pela máfia.   

Pasquino foi detido na Paraíba em maio de 2021, ao lado de Rocco Morabito, conhecido como "rei da cocaína" e extraditado pelo Brasil à Itália em julho de 2022. (ANSA).   

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