G7 do Trabalho na Itália condena guerras e defende uso de IA
13/09/2024 10h45
CAGLIARI, 13 SET (ANSA) - Os ministros do Trabalho e Emprego dos países do G7 reunidos em Cagliari, na Itália, condenaram as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio e defenderam o uso da Inteligência Artificial (IA) para melhorar a produtividade e as condições de trabalho.
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As declarações finais constam em um documento de 22 parágrafos, o qual se inicia com a condenação à agressão "injustificada, ilegal, contínua e não provocada" contra a Ucrânia.
Além disso, discorda dos "brutais ataques terroristas perpetrados pelo Hamas e outros grupos terroristas contra Israel em 7 de outubro de 2023" e pede um cessar-fogo imediato na guerra na Faixa de Gaza.
"Estamos profundamente preocupados com a situação humanitária em Gaza e, recordando a resolução 2735 do Conselho de Segurança da ONU, apelamos a um cessar-fogo imediato, à libertação de todos os reféns e a um aumento sustentado da assistência humanitária", acrescenta o texto.
Já no que diz respeito à Inteligência Artificial, o documento reitera a necessidade de competência flexíveis e de inclusão e harmonia entre as novas tecnologias e o trabalho.
Segundo os ministros, "tecnologias baseadas em Inteligência Artificial segura, protegida e confiável, incluindo IA generativa, podem aumentar a produtividade, melhorar as condições de trabalho e a saúde e segurança".
O comunicado enfatiza ainda que a IA pode "capacitar os trabalhadores e criar oportunidades de trabalho de qualidade, inclusive para pessoas com deficiência, melhorar a eficácia do mercado de trabalho e das políticas de formação e resolver a escassez de mão-de-obra".
O documento ainda destaca que, para explorar plenamente as oportunidades oferecidas pela IA, é preciso continuar "a conciliar o desenvolvimento tecnológico com a proteção dos direitos dos trabalhadores e minimizar possíveis riscos para o mundo do trabalho, especialmente para as pessoas em situações vulneráveis e marginalizadas".
De acordo com o G7, esses riscos incluem o aumento da desigualdade e da discriminação e um impacto negativo na saúde e segurança no local de trabalho, na saúde mental, e o enfraquecimento da representação dos trabalhadores e do poder de negociação coletiva.
"Destacamos que o diálogo social e a negociação coletiva podem ajudar a garantir a segurança e a adoção confiável da IA no mundo do trabalho", conclui o texto.
Por fim, os ministros confirmaram o seu apoio às política ambientais. (ANSA).