Alencar foi 'o empresário que levou Lula ao poder', diz jornal espanhol
![José Alencar e o ex-presidente Lula eram "quase irmãos", segundo "El País" - Ricardo Stuckert/Presidência/Divulgação](https://w3.i.uol.com.br/Wap/2010/12/25/midia-indoor-tv-wap-celular-internado-em-sp-vice-presidente-jose-alencar-recebe-a-visita-do-presidente-lula-1293286099088_615x300.jpg)
O falecimento do ex-presidente José Alencar é destaque nesta quarta-feira no jornal espanhol "El País", para quem Alencar foi "o empresário que levou Lula ao poder".
Em um obituário assinado por um de seus correspondentes no Brasil, o jornal observou que Alencar foi o empurrão necessário para o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva se alçar à Presidência do país em 2003, "ao lhe garantir o apoio do empresariado".
A reportagem afirma também que o empresário mineiro foi "peça determinante para a eleição da sucessora (de Lula), Dilma Rousseff".
"Alencar foi também ministro da Defesa e um político amado pela opinião pública por sua franqueza ao dizer sempre o que pensava e por sua tenaz luta contra o câncer", descreveu o jornal espanhol.
Apesar das diferenças de trajetória pessoal, Lula e o seu ex-vice por duas vezes eram, "mais que amigos, quase irmãos", escreve o correspondente do "El País".
Sites
Nos sites, que reagiram mais rapidamente à notícia que os jornais, a morte de Alencar também foi notícia.
Em seu site, a rede americana Fox News afirma que a "tradição empresarial" de Alencar foi o que levou Lula - "então um líder sindical visto com grande reserva pelo mercado", diz a TV - a escolhê-lo como vice em 2002.
Para a reportagem da Fox, a parceria "simbolizou uma aliança entre a esquerda e o setor empresarial brasileiro".
As reportagens destacam certas diferenças entre Lula e seu vice, em especial a atitude crítica do ex-senador mineiro à política de manutenção dos juros altos da equipe econômica.
Apesar disso, ressalta a edição online do "Wall Street Journal", "Lula confiou a seu tenente-chefe inúmeras tarefas duras".
"Em 2004, por exemplo, Alencar brevemente acumulou o papel de ministro da Defesa e vice-presidente, ajudando a reorganizar um departamento complicado pelo baixo orçamento e pelas queixas de figurões militares", diz o jornal americano.
"Em 2006, Alencar ajudou a arrecadar recursos de líderes empresariais para o que acabou se convertendo numa campanha bem-sucedida para a reeleição." Na Argentina, o espanhol "La Nación" descreveu Alencar como "um duro crítico de certos aspectos económicos (do governo), mas um fiel aliado político do presidente".
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