Cerca de 17 mil refugiados deixaram a Síria nos últimos três dias
Milhares de refugiados da Síria estão deixando o país e cruzando a fronteira em direção ao Iraque Curdistão, uma região autônoma do Iraque, de acordo com a agência de refugiados da ONU.
Pelo menos 10 mil sírios teriam cruzado a região fronteiriça de Peshkhabour no sábado, número que se acrescenta ao fluxo de 7 mil pessoas que teriam passado pelo local na quinta-feira.
Agências da ONU, o governo do Curdistão e entidades filantrópicas estão tendo grande dificuldade de atender a demanda de tantas gente, afirmam correspondentes que estão no local.
A ONU afirma que as razões para tamanho influxo em tão pouco tempo ainda não é claro, mas há relatos do aumento de confrontos violentos entre sírios curdos e militantes islâmicos que são contra o governo.
O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR, sigla em inglês UNHCR) diz que este é um dos maiores fluxos de refugiados que a entidade está ajudando desde o levante contra o presidente Bashar al-Assad começou em março de 2011.
Novo campo
O correspondente da BBC no Líbano, Jim Muir, diz que o grupo recente de refugiados são em sua maioria famílias e partiram de diversas regiões de borda do norte da Síria.
The BBC's Jim Muir in neighbouring Lebanon says the latest refugees are mainly families and have come from a broad stretch of territory in northern Syria.
O ACNUR, o governo regional do Curdistão e entidades de assistência filantrópica estão trabalhando contra o tempo para atender o grande número de pessoas, organizando comboio de ônibus e outros tipos de veículos para deslocarem as pessoas para as cidades vizinhas.
Há planos de se montar um campo de refugiados para garantir um local para que as pessoas fiquem. Entretanto, alguns refugiados estão sendo retirados dessas áreas por familiares e amigos.
Razões
Uma questão que permanece é o porquê deste fluxo repentino de pessoas cruzando a fronteira com o Iraque, indo para uma região de fronteira inóspita.
Em várias áreas, a fronteira com a Turquia é muito mais perto da Síria, mas as autoridades turcas parecem ser menos receptivas aos refugiados do que eram no passado.
Com a ausência do governo turco na ajuda aos refugiados, as lideranças do Iraque Curdistão parecem ter decidido ter ação mais pró-ativa de liderança na região frente à crise Síria.
Os refugiados parecem também estar tirando vantagem de uma nova ponte flutuante construída na região sobre o Rio Tigre.
Cerca de 150 refugiados sírios já estão registrados no Iraque, número que representa uma porção dos cerca de dois milhões que teriam deixado a Síria depois do levante contra o governo.
O ACNUR afirma que oficiais que atuam na região encontraram o primeiro grupo de 750 sírios antes do meio-dia, na última quinta-feira, que teriam sido seguidos no decorrer dos dias por um número entre 5 e 7 mil pessoas.
A ONU confirmou que os grupos mais recentes de refugiados chegaram de Aleppo, Hassakeh, Qamishli, e outras áreas da Síria que ainda estão em conflito.
Na sexta-feira, o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, contou a repórteres em Geneva, na Suíca, que "os fatores que estão permitindo esse movimento tão repentino (de pessoas) ainda não está claro".
A ONU disse estar trabalhando com o governo local do Iraque Curdistão e outras agências de ajuda para estabelecer um campo de refugiados perto de Darashakran.
"Este (campo) poderá ser aberto em duas semanas e nossa esperança é de que isso amenize a pressão", afirmou Edwards.
Curdos
Até o momento, ainda não foi confirmado de que etnia pertencem os refugiados desta semana.
Curdos representam cerca de 10% da população Síria e está largamente concentrada no nordeste do país.
Eles fizeram seus próprios protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad depois do início dos conflitos no país em março de 2011. As áreas curdas são controladas por governos curdos locais e outras milícias desde que o governo parou de controlar a região ano passado.
Entretanto as milícias curdas já lutaram contra o grupos anti-Assad denominado al-Nusra Front, deixando dezenas de mortos.
O presidente do Iraque Curdistão, Massoud Barzani, ameaçou recentemente em intervir para defender a população curda que foi capturada durante os conflitos na Síria.
Ele disse que se os curdos estiveram "sob ameaça de morte e terrorismo" o Iraque Curdistão vai se "preparar para defendê-los".
O Iraque Curdistão compõem-se de três províncias no norte do Iraque. O país tem seu próprio exército e força policial.
Pelo menos 10 mil sírios teriam cruzado a região fronteiriça de Peshkhabour no sábado, número que se acrescenta ao fluxo de 7 mil pessoas que teriam passado pelo local na quinta-feira.
Agências da ONU, o governo do Curdistão e entidades filantrópicas estão tendo grande dificuldade de atender a demanda de tantas gente, afirmam correspondentes que estão no local.
A ONU afirma que as razões para tamanho influxo em tão pouco tempo ainda não é claro, mas há relatos do aumento de confrontos violentos entre sírios curdos e militantes islâmicos que são contra o governo.
O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR, sigla em inglês UNHCR) diz que este é um dos maiores fluxos de refugiados que a entidade está ajudando desde o levante contra o presidente Bashar al-Assad começou em março de 2011.
Novo campo
O correspondente da BBC no Líbano, Jim Muir, diz que o grupo recente de refugiados são em sua maioria famílias e partiram de diversas regiões de borda do norte da Síria.
The BBC's Jim Muir in neighbouring Lebanon says the latest refugees are mainly families and have come from a broad stretch of territory in northern Syria.
O ACNUR, o governo regional do Curdistão e entidades de assistência filantrópica estão trabalhando contra o tempo para atender o grande número de pessoas, organizando comboio de ônibus e outros tipos de veículos para deslocarem as pessoas para as cidades vizinhas.
Há planos de se montar um campo de refugiados para garantir um local para que as pessoas fiquem. Entretanto, alguns refugiados estão sendo retirados dessas áreas por familiares e amigos.
Razões
Uma questão que permanece é o porquê deste fluxo repentino de pessoas cruzando a fronteira com o Iraque, indo para uma região de fronteira inóspita.
Em várias áreas, a fronteira com a Turquia é muito mais perto da Síria, mas as autoridades turcas parecem ser menos receptivas aos refugiados do que eram no passado.
Com a ausência do governo turco na ajuda aos refugiados, as lideranças do Iraque Curdistão parecem ter decidido ter ação mais pró-ativa de liderança na região frente à crise Síria.
Os refugiados parecem também estar tirando vantagem de uma nova ponte flutuante construída na região sobre o Rio Tigre.
Cerca de 150 refugiados sírios já estão registrados no Iraque, número que representa uma porção dos cerca de dois milhões que teriam deixado a Síria depois do levante contra o governo.
O ACNUR afirma que oficiais que atuam na região encontraram o primeiro grupo de 750 sírios antes do meio-dia, na última quinta-feira, que teriam sido seguidos no decorrer dos dias por um número entre 5 e 7 mil pessoas.
A ONU confirmou que os grupos mais recentes de refugiados chegaram de Aleppo, Hassakeh, Qamishli, e outras áreas da Síria que ainda estão em conflito.
Na sexta-feira, o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, contou a repórteres em Geneva, na Suíca, que "os fatores que estão permitindo esse movimento tão repentino (de pessoas) ainda não está claro".
A ONU disse estar trabalhando com o governo local do Iraque Curdistão e outras agências de ajuda para estabelecer um campo de refugiados perto de Darashakran.
"Este (campo) poderá ser aberto em duas semanas e nossa esperança é de que isso amenize a pressão", afirmou Edwards.
Curdos
Até o momento, ainda não foi confirmado de que etnia pertencem os refugiados desta semana.
Curdos representam cerca de 10% da população Síria e está largamente concentrada no nordeste do país.
Eles fizeram seus próprios protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad depois do início dos conflitos no país em março de 2011. As áreas curdas são controladas por governos curdos locais e outras milícias desde que o governo parou de controlar a região ano passado.
Entretanto as milícias curdas já lutaram contra o grupos anti-Assad denominado al-Nusra Front, deixando dezenas de mortos.
O presidente do Iraque Curdistão, Massoud Barzani, ameaçou recentemente em intervir para defender a população curda que foi capturada durante os conflitos na Síria.
Ele disse que se os curdos estiveram "sob ameaça de morte e terrorismo" o Iraque Curdistão vai se "preparar para defendê-los".
O Iraque Curdistão compõem-se de três províncias no norte do Iraque. O país tem seu próprio exército e força policial.
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