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'Algumas pessoas me fazem sentir em casa, outras não': senegalesa sustenta família na África trabalhando na ruas do Rio

Rodrigo Pinto - BBC Brasil

12/08/2016 06h45

Amina Ngom veio do Senegal há seis anos para tentar sustentar a família, que ficou em seu país de origem. Muçulmana e separada do marido, ela ganha a vida trabalhando como vendedora nas ruas do Rio.

Agora, pretende trazer os filhos para o Brasil e, assim, evitar o casamento da filha de 11 anos, planejado pelo ex-marido.

"Ele não aceitou a separação", relembra ela, que trabalha no centro de Niterói e nos mercados populares na Rua do Lavradio e na Praça 15.'

Nos últimos anos, Amina tem mantido a família no Senegal - um casal de filhos, mãe e sobrinhos - com a venda de artesanato africano.

Recentemente, tentou alugar uma banca de jornal vazia e montar uma loja. Mas ela conta que o dono, ao saber do novo propósito do local, retirou os produtos de lá.

"Ele disse: 'aqui não é África para vender seu artesanato africano'. Mesmo com eu pagando, ele tirou minhas coisas de lá", diz Amina, que continua instalada na calçada ao lado da banca.

Vivendo legalmente no Brasil, e "pagando impostos e sua microempresa", como ela gosta de reforçar, a senegalesa tenta agora trazer o casal de filhos para viver no apartamento de dois quartos em que ela vive.

"Tem que ser antes de setembro, para evitar o casamento de minha filha", diz ela, emocionada.

A história de Amina faz parte da série #Olhares, na qual a BBC Brasil traz depoimentos de estrangeiros sobre o Brasil. Os vídeos serão publicados ao longo dos Jogos Olímpicos.

No próximo episódio, o maestro americano que comanda a Orquestra Sinfônica Nacional pede que o Brasil exporte mais música, para além de Tom Jobim e Heitor Villa-Lobos.

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