As histórias de vitórias e derrotas por trás da epidemia de heroína nos EUA
Os Estados Unidos vivem, atualmente, uma epidemia de heroína.
Já são ao todo 1 milhão de dependentes, a maioria deles jovens.
A situação é tão crítica que a overdose de heroína já mata mais do que os acidentes de trânsito - um aumento de cinco vezes em relação a 2000, segundo o Órgão de Controle e Combate das Drogas nos EUA.
Segundo especialistas, a escalada do número de dependentes pode ter decorrido de leis recentes que dificultaram o abuso de opioides vendidos sob prescrição médica no país, como a oxicodona, um poderoso analgésico com efeitos similares aos da heroína no organismo.
Isso porque a legislação mudou a textura das pílulas para dificultar esmagá-las e injetá-las na corrente sanguínea.
"Como resultado, os usuários desse remédio acabaram migrando parcialmente para a heroína", afirmou Angela Me, autora de um relatório da ONU sobre a dependência de heroína nos EUA.
Outra razão, de acordo com especialistas, foi um aumento da oferta da droga, que acabou derrubando seu preço.
No ano passado, o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama pediu ao Congresso recursos da ordem de US$ 1,1 bilhão durante dois anos para ampliar o tratamento para usuários de heroína e analgésicos obtidos por meio de prescrição médica.
A BBC viajou aos Estados Unidos para entender o que há por trás da epidemia. Assista ao vídeo.
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