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O que se sabe sobre Salman Abedi, apontado pela polícia como autor do ataque de Manchester

23/05/2017 18h34

Nascido na véspera do Ano-Novo em 1994 na própria cidade de Manchester, o britânico Salman Abedi foi apontado pela polícia como o suspeito pela explosão na Manchester Arena na noite de segunda-feira (22).

O ataque, ocorrido na saída de um show da cantora pop Ariana Grande, deixou ao menos 22 mortos e 59 feridos. O autor do atentado está entre os mortos.

Há poucos detalhes confirmados sobre sua família: acredita-se que tenha origem líbia e que ele tivesse ao menos três irmãos - um mais velho, nascido em Londres, e dois mais novos, de Manchester.

A cidade ao norte da Inglaterra abriga uma das maiores comunidades de líbios no Reino Unido, e vizinhos dos Abedi contam que eles erguiam uma bandeira líbia diante da casa em algumas épocas do ano.

A família Abedi teve mais de um endereço em Manchester, incluindo uma casa na rua Elsmore, que foi interditada pela polícia.

A Universidade de Salford confirmou que Salman foi estudante da instituição e disse estar ajudando a polícia nas investigações.

Fawaz Haffar, membro do Centro Islâmico de Manchester, disse à agência PA que é provável que Salman tenha sido um frequentador do local.

Segundo Haffar, o pai de Salman costumava fazer o chamado às orações na mesquita, e um de seus irmãos foi voluntário do local.

"Nos asseguramos de que (na mesquita) se pregue o islã verdadeiro, moderno, que pregue amor ao próximo, paz e harmonia", acrescentou.

Investigações

O chefe da polícia de Manchester, Ian Hopkins, informou que o corpo de Salman ainda não foi oficialmente identificado.

Agora, investiga-se se o jovem de 22 anos agiu por conta própria ou se era parte de uma rede extremista mais ampla.

Até a noite de terça-feira, a polícia havia detido apenas mais um suspeito: um jovem de 23 anos por suspeita de ligação com o atentado, cuja identidade não foi revelada.

Como consequência do ataque, ao governo britânico elevou o alerta para ataques terroristas no país para o nível "crítico", o que significa que a expectativa é de um novo atentado a qualquer momento.