Dançar a 'Macarena' em público e portar bombons 'batizados': o que pode dar cadeia na Arábia Saudita
Um adolescente de 14 anos foi preso na Arábia Saudita por dançar a "Macarena" no meio de uma rua movimentada enquanto carros estavam parados em um sinal na cidade de Jedá.
Um clipe mostrando a dança, filmado no ano passado, viralizou no Twitter, mas o menino foi interrogado pelas autoridades sob a acusação de comportamento público inapropriado e de perturbação da ordem pública.
Mas essa não é a única razão que pode, surpreendentemente, levar alguém facilmente à cadeia no país árabe.
Aqui temos uma lista de outras cinco coisas que são sinônimo de encrenca na rigorosa nação do Oriente Médio.
1. 'Dabbing'
No início do mês, o cantor e apresentador de TV saudita Abdallah Al Shahani foi preso durante um show por fazer o "dabbing".
Trata-se de um passo de dança hip-hop em que se esconde o rosto em um dos braços, mas que está ligado ao consumo de maconha.
O "dabbing", nenhuma surpresa, é banido na Arábia Saudita. E as autoridades do país têm até um poster em que alertam o público sobre "os perigos que o passo representa para a juventude e a sociedade".
2. Bruxaria
Um homem saudita foi executado em 2012 sob a acusação de bruxaria e feitiçaria. As autoridades não forneceram maiores detalhes sobre os delitos, mas o homem também confessou adultério, crime capital no país.
Há relatos de que pelo menos duas outras pessoas foram executadas por feitiçaria em 2011.
3. Produção de vinho
O álcool é proibido na Arábia Saudita. E, em 2015, um idoso britânico foi preso por mais de um ano por posse de vinho caseiro em sua casa.
O homem, de 74 anos, também foi condenado a receber 360 chibatadas, mas foi libertado e repatriado depois de uma campanha online.
4. Direção feminina
Autoridades sauditas justificam que liberar totalmente mulheres ao volante poderia encorajá-las a "deixar suas casas mais vezes do que precisam".
Atualmente, elas só podem dirigir em estradas no deserto ou em condomínios, o que força a contratação de motoristas particulares pelas famílias.
Diversas mulheres já foram sentenciadas a chibatadas por desafiar a legislação, incluindo em protestos contra a regra.
5. Importação de chocolates com álcool
Em 1999, um imigrante filipino foi preso por quatro meses e levou 75 chibatadas no aeroporto de Riad, a capital saudita, depois que duas barras de chocolate recheadas com licor foram encontradas em sua bagagem.
O homem argumentou que havia comprado os chocolates durante uma escala, sem saber que eram alcoólicos. Em vão.