Como é viver sob ameaça constante de guerra na fronteira mais militarizada do mundo
A linha que divide as duas Coreias é a fronteira mais militarizada do mundo, fruto de um conflito entre Sul e Norte que durou três anos na década de 1950.
De um lado, hoje, há meio milhão de soldados sul-coreanos, e todas as armas e fortificações apontam para o Norte. Do outro, 10 mil itens da artilharia da Coreia do Norte estão voltados para o Sul.
É sob essa constante tensão que vivem os habitantes de San Yang Lee, um vilarejo que fazia parte da Coreia do Norte antes da guerra e, após o confronto, passou a integrar a Coreia do Sul.
É onde vive Yoo Ok-kyung, de 86 anos. Na guerra, ela fugiu para o sul. Seus pais foram para o norte.
“Fui tirada de um bunker pelos soldados do sul. Estava tão suja pelo tempo escondida que não parecia um ser humano”, conta ela.
“Nunca mais vi meus pais.”
Em novembro de 2010, a Coreia do Norte bombardeou a ilha de Yeonpyeong, na Coreia do Sul, matando quatro pessoas.
Em San Yang Lee, foi construído há cinco anos de um bunker de 2 mil metros quadrados sob a montanha.
O local comporta 2 mil pessoas e está pronto para ser usado caso as demonstrações militares recentes da Coreia do Norte culminem em um conflito.
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