Camelôs brasileiros vendem réplicas de camisas da seleção na Rússia por R$ 180
Um grupo de brasileiros se tornou o centro das atenções na zona central de São Petersburgo, local do jogo entre a seleção brasileira e a Costa Rica nesta sexta-feira, na segunda partida de ambas na Copa do Mundo da Rússia.
Burlando a marcação forte da polícia russa, da Fifa e da CBF, que têm regras rígidas sobre a venda de produtos ligados à Copa do Mundo e à seleção, eles abriram uma lona preta com dezenas de réplicas de camisas da camisa oficial de Neymar e companhia a poucos metros da Fifa Fan Fest, principal ponto de encontro de torcedores, à beira do belo rio Neva, que corta o centro da cidade.
Em segundos, eles foram cercados por turistas japoneses, britânicos e americanos em busca da camisa verde-amarela.
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A empolgação, no entanto, diminuia quando os brasileiros anunciavam os preços das réplicas: 3 mil rublos - ou R$ 179.
No Brasil, camisas semelhantes são vendidas por R$ 30 em mercados populares.
Ainda assim, o valor é bastante inferior ao praticado pela Nike, fabricante oficial das peças da seleção. Vendidas em três versões, as camisas oficiais variam no site da marca entre R$ 249,90 e R$ 449,40.
Regras rígidas
Quando a polícia se aproximava, o grupo fechava imediatamente a lona de camisetas e aguardava - exatamente que como acontece em grandes centros urbanos brasileiros quando aparece o chamado "rapa".
Muitos compradores estrageiros, no entanto, não entendiam o motivo da discrição e insistiam em entregar maços com até 30 notas de 100 rublos bem próximo à fiscalização.
"Don't show the money, dinheiro no (Não mostrem o dinheiro)", diziam os camelôs brasileiros, em inglês e português.
A reportagem acompanhou pelo menos cinco vendas em um intervalo de 10 minutos.
A localização estratégica, sob as cúpulas da Catedral do Sangue Derramado, um dos principais cartões postais da cidade, facilitava as vendas. O vaivém na região reúne dezenas de milhares de pessoas todos os dias.
Fifa e CBF proíbem o uso de símbolos da Copa ou do escudo da seleção brasileira e da própria Confederação Brasileira de Futebol em qualquer objeto, folder, roupa ou peças virtuais sem licenciamento prévio.
Quem viola a regra pode ser processado por falsificação, com penas que vão desde multas a até prisão.
Mas os camelôs na Rússia continuam em ação. As camisas mais procuradas no mercado paralelo são as de Neymar, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus.
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