Depois das Filipinas, a China: o rastro de destruição e morte deixado por tufão na Ásia
O tufão que deixou mais de 60 mortos e provocou destruição por onde passou nas Filipinas chegou à China no domingo, causando danos a Hong Kong e à província de Guangdong, uma das mais populosas do país.
Equipes de resgates estão mobilizadas em operações de busca e de retirada de pessoas da rota do Mangkhut, considerado o mais poderoso tufão dos últimos 40 anos a atingir a região.
O fenômeno foi rebaixado à categoria de tempestade tropical nas últimas horas - ainda assim, há registro de pelo menos duas mortes em Guangdong, onde 2,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas.
O tufão agora se movimenta para o interior do país e deve atingir as regiões de Guizhou, Chongqing e Yunnan nesta segunda.
Em Hong Kong, árvores foram derrubadas, andaimes foram ao chão e prédios comerciais tiveram janelas quebradas. Os serviços de transporte também foram suspensos, com mais de 900 voos cancelados, trens parados e rodovias fechadas.
Estima-se que mais de 200 pessoas tenham ficado feridas na passagem do tufão por Hong Kong, onde o nível das águas subiu quase 3,5 metros em alguns pontos.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram ondas gigantes atingindo prédios e pessoas sendo arrastadas na rua pela força do vento.
Ventos acima de 110 km/h em Hong Kong fizeram balançar até mesmo arranha-céus.
Uma moradora disse à agência Reuters que o prédio onde vive balançou por duas horas. "Me fez ficar tonta", afirmou Elaine Wong.
As Filipinas, país que registrou o maior número de mortos até o momento, sofreram com deslizamentos e enchentes. No município de Itogon, na província de Benguet, um deslizamento atingiu uma mina, deixando 33 mineiros mortos e outros 29 desaparecidos.
As operações de busca e resgate continuam no país, onde, na sexta-feira, o tufão chegou com ventos de até 255 km/h.
Milhares de pessoas foram transferidas para abrigos temporários. Segundo o prefeito de Itogon, Victorio Palangdan, o número de mortos pode ser muito maior que as 65 mortes registradas até o momento nas Filipinas em decorrência do tufão.
O correspondente da BBC News Howard Johnson relata o rastro de destruição ao longo de toda a costa norte de Luzon - a maior ilha das Filipinas, onde está localizada a capital, Manila -, com árvores derrubadas e postes de eletricidade arrancados.
Mangkhut é a 15ª tempestade a atingir o país neste ano.
O governo filipino se preocupa com o prejuízo que o tufão vai causar à economia. Além dos custos de reconstrução, será preciso recuperar áreas de plantio atingidas, como em Cagayan, uma importante província agrícola.
Francis Tolentino, assessor político do presidente Rodrigo Duterte, disse à BBC que estima que apenas um quinto dos produtos havia sido colhido antecipadamente, o que pode comprometer o abastecido de alimentos como arroz e milho.
Apesar dos danos, os procedimentos de preparação para desastres climáticos melhoraram nas Filipinas, desde que o super-tufão Haiyan fez mais de 7,3 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos.
Alertas foram emitidos; viagens, limitadas; escolas, fechadas; e o Exército ficou a postos para atender vítimas de enchentes e deslizamentos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.