Após trabalhos de restauração, inclinação da Torre de Pisa começa a diminuir
"É como se ela tivesse rejuvenescido dois séculos", diz especialista que monitora o monumento italiano construído no século 12.
Parece pouco, mas é o suficiente para deixar um monumento turístico em crise de identidade.
A Torre de Pisa, construída no século 12, é conhecida mundialmente por sua angulação, mas especialistas dizem que ela agora está se endireitando.
O grupo que acompanha a restauração do edifício anunciou que a torre está "estável e bem lentamente vai reduzindo sua inclinação".
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O monumento medieval de 57 metros se endireitou quatro centímetros nas últimas duas décadas, segundo o grupo.
"É como se ela tivesse rejuvenescido dois séculos", disse o professor Salvatore Settis.
Nunziante Squeglia, professor de geotécnicas na Universidade de Pisa que também integra o grupo, acrescentou: "O que mais conta é a estabilidade da torre do sino, melhor do que a esperada."
Em 1990, a atração turística em Pisa, a 263 km de Roma, foi fechada ao público pela primeira vez em 800 anos por causa de temores de que pudesse desabar a qualquer momento. Naquela época, ela estava com uma inclinação de 4,5 metros.
Como a Torre de Pisa foi endireitada?
Um comitê internacional liderado pela professora e especialista polonesa Michele Jamiolkowski trabalhou para estabilizar a torre de 1993 a 2001.
No fim, a inclinação foi corrigida em 45 centímetros, ao custo de 200 milhões de libras (equivalentes a quase R$ 1 bilhão, em valores atuais).
A inclinação é tão antiga quanto a própria torre, tendo se estabelecido nos cinco anos seguintes ao início da construção, em 1173.
A camada de terra e areia sobre a qual a torre foi erguida é mais fofa na parte sul da construção. Quando os construtores chegaram ao terceiro andar, a movimentação do solo havia alterado as bases da estrutura.
E embora engenheiros possam hoje se vangloriar por salvar a obra, visitantes já contam com a garantia de que ela permanecerá disponível para as fotos.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC News.
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