Anel de diamantes que vale R$ 4,8 milhões é chave para investigar mulher que gastou fortuna em loja

Apreensão é parte de investigação sobre patrimônio de esposa de ex-banqueiro do Azerbaijão (condenado por fraude massiva contra banco estatal do país) que gastou mais de R$ 70 milhões em loja de luxo no Reino Unido.
Um anel de diamantes avaliado em mais de 1 milhão de libras (cerca de R$ 4,7 milhões) foi apreendido pela Agência Criminal Nacional britânica no rastro da investigação sobre uma mulher que gastou o equivalente a R$ 76,2 milhões na loja de luxo Harrods.
O anel foi encontrado em uma joalheria de luxo por policiais que investigam a origem da imensa riqueza de Zamira Hajiyeva.
Zamira é a primeira pessoa no Reino Unido a ser submetida a uma investigação de riqueza inexplicada (Unexplained Wealth Order, em inglês). Trata-se de uma medida judicial cujo objetivo é rastrear dinheiro obtido eventualmente por meio de corrupção e guardado no Reino Unido por servidores e mandatários de governos estrangeiros - ou seus familiares.
Hajiyeva, que nega qualquer irregularidade, é casada com Jahangir Hejiyev, um banqueiro do Azerbaijão. Ele foi condenado e preso por capitanear uma fraude massiva contra um banco estatal em seu país.
Caso Hajiyeva não consiga apontar uma origem legítima para sua imensa fortuna no Reino Unido, a Agência deve confiscar a casa dela em Knightsbridge - um distrito de Londres, onde também fica a loja da Harrods - e seu campo de golfe em Berkshire.
Anel precisava de reparos
À Justiça, os investigadores disseram em audiência que o anel de diamantes foi apreendido na última sexta-feira, depois de ser localizado numa loja da joalheria Cartier. Os investigadores pediram para que o bem fique retido pelos próximos seis meses, aguardando o desfecho das apurações.
O anel é descrito como contendo um diamante de 8,9 quilates.
Foi comprado pelo marido de Hajiyeva por 1,19 milhão de libras (ou R$ 5,6 milhões). Em julho passado, a filha do casal, Leyla Mahmudova, levou a peça para receber reparos na joalheria Cartier.
Hajiyeva - que agora luta na Justiça não só para manter sua casa, mas também para evitar ser extraditada para o Azerbaijão - não enviou advogados para a audiência a respeito do anel. O bem acabou retido.
"Há evidências claras ligando o sr. Hejiyev ao anel, e ele foi condenado por fraude massiva. Para mim, é o suficiente para acreditar que este bem possa, depois de terminado o processo, ser revertido em indenização ou reparação", disse o juiz do caso, Michael Snow.
A decisão judicial significa que o anel ficará retido pela Agência Anticrime até que fique clara qual é a origem do dinheiro e dos bens de Hajiyeva.
Em novembro passado, a Agência já tinha apreendido o equivalente a R$ 1,9 milhão em joias, que tinham sido levadas a leilão pela filha de Hajiyeva. Estes itens - 49 peças - ficarão em poder dos investigadores pelo menos até maio.
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