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O 'Trono do Crisântemo' japonês e as outras 6 monarquias mais antigas do mundo

06/05/2019 07h54

Monarquia japonesa é a mais antiga no poder; Marrocos, Camboja, Inglaterra, Noruega, Dinamarca e Suécia também têm longa tradição de ter uma coroa real.

A monarquia mais antiga do mundo começa uma nova era nesta semana.

Ao se tornar oficialmente o novo imperador do Japão, Naruhito deu início a um período chamado de "Reiwa" (ordem e harmonia). Ele assumiu o Trono do Crisâmtemo depois que seu pai, Akihito, abdicou em favor dele no dia 30 de abril.

Akihito ficou 30 anos no poder e foi o primeiro imperador, em 200 anos de história, a abdicar ao trono no Japão.

A história da realeza japonesa, assim como outras monarquias do mundo, acumula séculos de tradição. Você conhece as monarquias mais antigas do mundo que continuam reinando?

7 - Suécia

A origem da monarquia sueca remonta mil anos. O primeiro rei de que se tem notícia foi Érico, o vitorioso (Erik Segersäll, em sueco) que teria governado a região entre os anos 970 e 995.

Carlos 16º Gustavo é o atual rei da Suécia.

Usava a coroa real há três anos quando se casou, em 1976, com Sílvia Renate de Toledo Sommerlath, filha de mãe brasileira e pai alemão. Sílvia se transformou na 25ª rainha da Suécia.

O casal tem três filhos. A primogênita é a princesa Vitória, nascida em 1977, que só se tornou herdeira do trono em 1980, quando uma lei substituiu outra de 1810, determinando que a coroa cabe ao filho mais velho, independentemente do sexo.

A Suécia é hoje uma democracia parlamentarista e a família real representa, atualmente, um símbolo de união da nação.

Apesar de o rei da Suécia ser, oficialmente, o chefe de Estado, tem funções apenas cerimoniais.

6. Dinamarca

A monarquia dinamarquesa remonta ao século 10, quando reinaram Gorm, o Velho, nascido no ano 900, e Haroldo 'Dente Azul', nascido em 940.

Desde 1972, Margarida 2ª é a rainha da Dinamarca. Ela e a família real dinamarquesa desempenham um papel simbólico e funções representativas dentro e fora do país.

Por mais de 50 anos, Margarida foi casada com o príncipe Henrique da Dinamarca. O nobre de origem francesa nunca escondeu a insatisfação por ter tido negado o título de rei desde que a esposa assumiu o trono do país nórdico.

No ano passado ele morreu e acabou rompendo uma tradição de 459 anos, segundo a qual os casais da realeza deveriam ser enterrados juntos. Frustrado por ter o título real de príncipe, e não de rei consorte, anunciou que não queria ser enterrado ao lado da esposa. Ela respeitou a decisão.

Frederico é o herdeiro do trono dinamarquês.

O governo da Dinamarca é uma democracia parlamentarista.

5. Noruega

A data de início da monarquia norueguesa é 885, quando Haroldo 1º, considerado o primeiro rei, uniu territórios que hoje representam a Noruega sob um único domínio.

O rei Haroldo 5º, de 81 anos, é o ocupante atual do trono. É o rei da Noruega desde 1991 e, por ora, não demonstra interesse em ceder a coroa para o filho Haakon, herdeiro do trono.

A Noruega é uma monarquia constitucional e os nobres cumprem funções representativas e cerimoniais.

4. Inglaterra

A monarquia britânica tem seu início com os reinados saxões.

O primeiro rei a estabelecer um controle estável sobre a Inglaterra foi Egbert de Wessex, ou Egbert dos Saxões, que governou entre 802 e 839 e, nesse período, foi conquistando territórios e expandido seu poder.

Depois dele, diferentes reis se sucederam no poder dos territórios que compõem hoje a Inglaterra até o início do século 18 - foi quando Inglaterra e Escócia se uniram no chamado Reino da Grã-Bretanha.

Foi no reinado de 12 anos da rainha Anne que essa unificação ocorreu, o que fez dela a primeira rainha da Grã-Bretanha na história. Também foi durante o período em que Anne usava a coroa real, entre 1702 e 1714, que se desenvolveu sistema bipartidário, em que apenas dois partidos se sucedem no poder, que vigora até hoje na política do Reino Unido.

Apesar de ter engravidado pelo menos 17 vezes, nenhum de seus filhos sobreviveu até a idade adulta, o que levou ao fim da sua linhagem (a Casa de Stuart) ao Ato de Estabelecimento de 1701, decreto que garantiu a sucessão protestante do trono inglês, e à transição pacífica de poder para a Casa de Hanover.

A monarquia da Inglaterra é parlamentarista e a atual rainha Elizabeth 2ª não tem poderes de decisão na prática.

Com 93 anos recém-completados, Elizabeth veste a coroa britânica desde junho de 1953, quando sucedeu o pai, rei George 6º, morto em fevereiro de 1952.

O pai da rainha, contudo, não havia sido criado para ser o rei. Herdou o trono do irmão Edward 8º, que reinou por poucos dias e abdicou da coroa para se casar com plebeia americana, duas vezes divorciada, Wallis Warfield Simpson.

Na linha sucessória da coroa britânica, estão o príncipe Charles, filho da rainha, o príncipe William, neto, e o bisneto George.

3. Camboja

Historiadores afirmam que a monarquia no território que hoje conhecemos como Camboja surgiu em 802 quando Jayavarman 2º se converteu em rei. Ele é considerado o fundador do império Khemer, do qual o Camboja até hoje é herdeiro.

Norodom Sihamoní, que viu seu pai abdicar o trono em favor dele em 2004, é o atual rei constitucional e vitalício do Camboja. O país também conta com um primeiro-ministro.

Um conselho real escolhe os monarcas entre os homens com mais de 30 anos de idade, descendentes da dinastia de Norodom.

2. Marrocos

A primeira dinastia que reinou o atual território do Marrocos ficou conhecida como Idris.

O rei Idris 1º governou entre os anos 789 e 791, depois de conquistar um grupo de tribos berberes.

Seu filho, Idris 2º, foi quem fundou Fez, uma das principais cidades do Marrocos hoje. Depois dele, diferentes dinastias se sucederam no trono.

Mohammed 6º é o atual rei do Marrocos.

1. Japão

Diz a lenda que a monarquia do Japão existe desde o ano 600 a.C., quando Jimmu, filho de Amaterasu, a deusa do sol, se transformou em imperador.

Os imperadores que vieram depois mantiveram a tradição de se serem considerados divindades e de serem descendentes de Amaterasu.

Foi Hirohito, o pai de Akihito e avô de Naruhito, quem renunciou publicamente a sua divindade no final da Segunda Guerra Mundial, quando o Japão, derrotado, se rendeu.

Segundo a Constituição pós-guerra do Japão, o imperador não é o chefe de Estado do país, mas o "símbolo do Estado e da unidade do povo".

Em 1989, Hirohito morreu e o filho Akihito assumiu o trono. Trinta anos depois, ele abriu mão da coroa para o filho.

Naruhito assumiu o trono nesta semana com a missão de dar continuidade ao trabalho do pai, idolatrado por muitos japoneses por ter pacificado o país e tentado curar feridas abertas pelo pai, em confrontos com outras nações.

Apesar da importância histórica da família real japonesa, a monarquia cumpre atualmente papel mais simbólico. Quem governa é o primeiro-ministro, cargo atualmente ocupado por Shinzo Abe.


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