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Deputado dos EUA é acusado de bater na mulher por 'tirar a roupa devagar'

O deputado republicano McLeod em dois momentos distintos: à direita em foto oficial da Assembleia do Mississipi e à esquerda na delegacia de polícia posando para registro policial - George County Police/Mississipi House/BBC
O deputado republicano McLeod em dois momentos distintos: à direita em foto oficial da Assembleia do Mississipi e à esquerda na delegacia de polícia posando para registro policial Imagem: George County Police/Mississipi House/BBC

23/05/2019 08h19

Um parlamentar do Mississipi, nos Estados Unidos, foi acusado de agredir a esposa. Na ocasião, ele estaria bêbado e teria argumentado que ela estava demorando muito para tirar a roupa antes do sexo.

Doug McLeod, 58 anos, foi preso na noite de sábado devido à acusação de violência doméstica.

Integrantes do partido Republicano em Mississipi, colegas de McLeod, disseram que ele deveria renunciar imediatamente se as acusações forem verdadeiras.

Procurado pela BBC, McLeod, que é pai de três filhos, não comentou o caso.

Quando a polícia chegou à casa do parlamentar em Lucedale, a 240 quilômetros a sudeste da capital do Estado, Jackson, encontrou McLeod alcoolizado, com uma garrafa de bebida alcoólica na mão, segundo um relatório oficial visto pelo jornal Sun Herald. A fala de McLeod foi descrita como mal articulada e ele se movimentava com lentidão e andava em ziguezague, segundo as autoridades.

Ao ser informado que a polícia havia sido chamada devido a uma denúncia de violência doméstica, ele teria dito: "Você está brincando comigo?"

O relatório dos policiais aponta que eles encontraram a esposa de McLeod e outra mulher dentro da casa, assustadas.

Essa outra mulher disse aos policiais que a esposa de McLeod tinha corrido para o quarto com o rosto sangrando. Elas trancaram a porta e o parlamentar começou a bater do outro lado e ameaçou agredi-las se elas não o deixassem entrar.

A esposa de McLeod disse que o marido a agrediu e que já tinha feito isso antes, alcoolizado. Ele é acusado de dar um soco no rosto dela, o que levou o nariz dela a sangrar.

A polícia encontrou sangue na cama do casal e no chão da casa.

Segundo os policiais, a esposa de McLeod disse que não precisava de uma ambulância e que a filha a levaria ao médico.

O parlamentar foi liberado após pagar fiança de US$ 1 mil (o equivalente a pouco mais de R$ 4.000).

O presidente da Câmara dos Representantes do Mississipi, o republicano Philip Gunn, disse que tentou falar com McLeod sobre renunciar se as acusações forem verdadeiras, classificando a atitude como "inaceitável para qualquer um".

O gabinete do governador do Estado, Phil Bryant, divulgou um comunicado que diz que "atos de abuso de qualquer tipo são repreensíveis".

Se as acusações forem confirmadas, o governador se juntará aos que defendem que o parlamentar deixe o cargo, disse o porta-voz de Bryant à Associated Press.

O senador democrata David Blount também exigiu a renúncia de McLeod.

McLeod, dono de uma empresa de pneus, é parlamentar do Mississippi desde 2012 e pode concorrer à reeleição.

Segundo a Coalizão Nacional contra a Violência Doméstica, uma em cada três mulheres nos Estados Unidos sofreu alguma forma de agressão de um parceiro.

Um relatório de 2014 do grupo no Mississippi aponta uma média de sete chamadas telefônicas, por hora, devido a violência doméstica no Estado.

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