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A estátua 'pesadelo' que paira sobre cidade da Nova Zelândia e divide moradores

19/08/2019 16h45

Usuários do Twitter estão comparando o 'rosto' da obra de arte a Donald Trump e fazendo analogias com a Mãozinha, mão com vida própria da Família Adams.

Uma mão gigantesca que foi descrita como "um pesadelo (do escritor de terror) Lovecraft que ganhou vida" foi colocada no topo da Galeria da Cidade de Wellington, na Nova Zelândia.

A instalação Quasi, de Ronnie van Hout, foi levada ao local de helicóptero na segunda-feira, com vista para o centro cívico da cidade.

A obra de arte, criada em 2016, originalmente ficava no topo da Galeria de Arte de Christchurch, também na Nova Zelândia. Hoje está emprestada à cidade de Wellington, onde permanecerá pelos próximos três a quatro anos.

A operação de transporte custou US$ 47 mil (o equivalente a R$ 193 mil), incluindo custos com guindaste, informa a imprensa local.

A realocação da escultura de cinco metros de altura, que pesa 400 quilos, provocou uma mistura de repulsa e orgulho cívico na capital da Nova Zelândia.

Algumas pessoas a odeiam, mas...

Uma mulher disse à imprensa local que a escultura "Lovecraftiana" a deixou "profundamente desconfortável e perplexa". A referência é ao escritor americano HP Lovecraft, do início do século 20, conhecido por suas obras de terror repletas de criaturas de pesadelo e para além da imaginação dos mortais.

Usuários do Twitter estão comparando a face da obra de arte ao rosto do presidente dos EUA, Donald Trump, e fazendo analogias com a Mãozinha, a mão com vida própria da Família Addams.

Mas também há apoio para a mão. "Bravo!", diz que um usuário do Twitter ao dar as boas vindas à arte pública desafiadora no horizonte da cidade. No Facebook, outro usuário afirma: "Adorei. As pessoas que odeiam (a escultura) são incrivelmente chatas".

No entanto, moradores de seu lar anterior não parecem muito tristes ao se despedir de Quasi: "Muito feliz que ele saiu de Christchurch", muitos comentam no Facebook.

A obra de arte foi batizada de Quasi, inspirada em Quasimodo, o personagem principal do livro de 1831 do escritor francês Victor Hugo, O Corcunda de Notre Dame. Van Hout diz que a peça recebeu esse nome porque "é uma forma humana que também não é humana. A ideia é de algo que se assemelha a um humano, mas não é bem humano".

O curador-chefe da Galeria da Cidade de Wellington, Robert Leonard, disse ao site Stuff.nz que a peça diz respeito a como coisas diferentes tendem a ser mal interpretadas. Notando como o parisiense Quasímodo acabou sendo amado pelo povo da capital francesa, ele opinou que as pessoas serão capazes de ver além da "repugnância da peça, sua desfiguração, seu horror e (decidir que a obra de arte) quase pedir para ser amada".


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