Concurso para decifrar inscrição misteriosa de 230 anos em pedra revela morte trágica
Vilarejo na França lançou o concurso no ano passado depois que especialistas locais não foram capazes de entender o significado da mensagem misteriosa.
Um concurso para decifrar uma inscrição de 230 anos em uma rocha na costa da Bretanha, na França, revelou uma morte trágica.
O vilarejo de Plougastel lançou o concurso no ano passado depois que especialistas locais não foram capazes de desvendar o significado da mensagem misteriosa.
Dois vencedores dividiram o prêmio em dinheiro de 2 mil euros (cerca de R$ 9,5 mil) na segunda-feira.
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O prefeito da cidade, Dominique Cap, disse que as duas traduções são divergentes, mas que as histórias resultantes são "muito semelhantes".
Ambos os vencedores concordaram que a inscrição tinha sido gravada na rocha em memória a um homem que morreu.
Um dos vencedores, Noël René Toudic, professor de inglês e especialista em língua celta, acredita que o autor da inscrição seja um homem semianafalbeto que falava bretão do século 18.
"Serge morreu quando, sem habilidade para remar, seu barco foi virado pelo vento", diz a parte principal da tradução dele.
A outra candidatura vencedora foi do historiador Roger Faligot e do artista Alain Robet.
Eles também afirmam que o texto está escrito em bretão, mas acreditam que algumas palavras são galesas.
"Ele era a encarnação da coragem e alegria de viver. Em algum lugar da ilha ele foi atingido e está morto", diz a tradução deles.
Descoberta há alguns anos, a inscrição de 20 linhas está gravada em uma rocha de um metro de altura em uma enseada na Bretanha, acessível apenas na maré baixa.
Há letras do alfabeto latino, sendo algumas invertidas ou de cabeça para baixo, além de caracteres que remetem às línguas escandinavas, como Ø.
Os anos de 1786 e 1787 podem ser identificados na rocha, o que sugere que a inscrição data de poucos anos antes da Revolução Francesa. Há ainda a imagem de um barco, além de um coração com uma cruz em cima.
A inscrição foi descoberta há alguns anos, mas os acadêmicos locais não conseguiram interpretá-la.
De acordo com as autoridades locais, os organizadores do concurso receberam 61 traduções completas ? a maioria proveniente da França, mas também de países como EUA e Tailândia.
Um painel formado por historiadores julgou as traduções e chegou à conclusão de que as duas teorias vencedoras eram as interpretações mais plausíveis.
O prefeito acredita que ainda há um longo caminho a percorrer para "resolver completamente o mistério", mas descreveu o resultado do concurso como um "grande passo à frente", segundo a agência de notícias AFP.
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