MPF pede multa de R$ 100 mil a Bolsonaro por descumprir decisão sobre quarentena
Presidente caminhou por ruas do Distrito Federal e arredores e estimulou pessoas a retornarem ao trabalho no último domingo.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça que aplique uma multa de R$ 100 mil ao governo federal após o presidente Jair Bolsonaro caminhar por ruas do Distrito Federal ontem e estimular pessoas a retornarem ao trabalho.
Em pedido à 1ª Vara Federal de Duque de Caxias (RJ), o MPF (em solicitação assinada pelo procurador Julio José Araújo Junior) diz que Bolsonaro descumpriu uma decisão judicial da mesma vara — tomada na sexta-feira (27) — que havia determinado que a União se abstivesse "de adotar qualquer estímulo à não observância do isolamento social recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde)".
Diante do pedido, a Justiça deu prazo de 24 horas para que a União se manifeste.
No domingo, Bolsonaro visitou ao menos três pontos do Distrito Federal, onde conversou com comerciantes e consumidores.
"Esse isolamento horizontal, se continuar assim, com a brutal quantidade de desemprego que vem pela frente, teremos um problema seríssimo, que vai levar anos para resolver", afirmou Bolsonaro ao público que o assistia.
Ele divulgou no Twitter vídeos gravados durante o giro. A plataforma apagou uma das gravações, argumentando que o conteúdo violava suas regras.
O Twitter anunciou recentemente que passou a deletar posts que possam ampliar os riscos de transmissão da covid-19 e que destoem das orientações de profissionais de saúde.
Suspensão de decreto
Na sexta-feira, o juiz Márcio Santoro Rocha, da Justiça Federal em Duque de Caxias (RJ), suspendeu um decreto de Bolsonaro que definia como serviços essenciais casas lotéricas e templos religiosos.
Com o decreto, Bolsonaro buscava permitir que lotéricas e igrejas continuassem em funcionamento mesmo durante a vigência de quarentenas determinadas por autoridades estaduais e municipais.
Na decisão de sexta, que atendeu um pedido do MPF, Rocha argumentou que templos e lotéricas estimulavam a aglomeração e a circulação de pessoas, ampliando os riscos de propagação da covid-19.
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