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Professor é decapitado na França e Macron fala em terrorismo: o que se sabe até agora

16/10/2020 17h27

Segundo jornal Le Monde, vítima lecionava história e geografia e teria levado para a sala de aula cartuns satirizando o Profeta Maomé.

Um professor foi decapitado em um subúrbio a noroeste da capital francesa, Paris, na tarde desta sexta-feira (16/10). Em seguida, o autor do ataque foi morto a tiros pela polícia.

O atentado ocorreu por volta de 17h em horário local (meio-dia em Brasília) perto de uma escola na comuna de Conflans-Sainte-Honorine.

Há relatos de que a vítima, que lecionava história e geografia, havia mostrado recentemente cartuns satirizando o Profeta Maomé a seus alunos. Por isso, o caso está sendo investigado por uma promotoria antiterrorismo.

Um homem empunhando uma faca grande teria atacado o professor em uma rua, cortando sua cabeça. O agressor então fugiu, mas a polícia local, acionada pela população, chegou rapidamente ao lugar do ataque, na área de Éragny. Os agentes teriam ordenado que o homem se entregasse mas este, ao reagir, teria sido alvejado. O local do crime foi isolado, e detalhes sobre a identidade do esfaqueador não foram revelados pela polícia.

O presidente francês Emmanuel Macron esteve em Conflans-Sainte-Honorine na noite desta sexta-feira.

Macron afirmou que um cidadão foi assassinado "porque ensinava, orientava seus alunos sobre a liberdade de expressão".

"Nosso compatriota foi vítima de um atentado terrorista islâmico", disse a jornalistas no local.

O ministro da Educação do país, Jean-Michel Blanquer, tuitou que o assassinato do professor foi um ataque à República Francesa.

Em um tuíte, ele prestou solidariedade à família da vítima e afirmou que a unidade e a firmeza são as únicas respostas ao "terrorismo islâmico".

Segundo o jornal Le Monde, o professor havia falado recentemente sobre liberdade de expressão, trazendo à sala de aula cartuns satíricos envolvendo Maomé. Estes foram publicados pelo semanário satírico Charlie Hebdo, alvo de um atentado em 2015 que matou 12 pessoas.

Hoje, está em curso um julgamento dos supostos cúmplices do atentado ao Charlie Hebdo. Há três semanas, um homem paquistanês atacou e feriu duas pessoas em frente ao antigo escritório da revista.


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