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Ucrânia é mais importante que título, diz campeão de boxe que se alistou para combater russos

03/03/2022 11h22

Campeão mundial dos pesos-pesados é um entre vários boxeadores ucranianos, aposentados e na ativa, que se juntaram às forças de defesa de sua terra natal.

O campeão peso-pesado de boxe Oleksandr Usyk afirmou que seu "país e honra" são mais importantes do que qualquer luta no ringue ao explicar porque decidiu se alistar para defender a capital da Ucrânia, Kiev, contra as forças russas que invadiram o país no último dia 24/02.

Aos 35 anos, Usyk derrotou o britânico Anthony Joshua no último mês de setembro e se tornou campeão mundial dos pesos-pesados.

"Não há medo, absolutamente nenhum medo", disse ele em entrevista à rede de televisão americana CNN. "Apenas perplexidade. Como isso pode estar acontecendo no século 21?"

Falando por videochamada e com a ajuda de um intérprete de um porão em Kiev, o lutador disse não saber se havia alguma chance de conseguir comparecer à revanche planejada para maio contra Joshua.

"Realmente não sei quando vou voltar ao ringue."

"Meu país e minha honra são mais importantes para mim do que um cinturão de campeão."

Usyk já havia feito um apelo ao povo russo, para que se opusesse à guerra, e ao presidente do país, Vladimir Putin, para que entrasse nas negociações de cessar-fogo sem pré-condições ou reivindicações de porções do território ucraniano.

Ele é um dos vários boxeadores ucranianos, aposentados e na ativa, que se juntaram à defesa de sua terra natal.

O bicampeão olímpico Vasiliy Lomachenko também se alistou ao Exército ucraniano, assim como os irmãos Vitali e Wladimir Klitschko, ambos ex-campeões mundiais dos pesos-pesados, que se encontram em Kiev.

Vitali, de 50 anos, é prefeito da capital desde 2014, enquanto Wladimir, de 45, ingressou na reserva militar da cidade no mês passado.

"Em Kiev, há um grande movimento de defesa civil", disse Vitali à BBC News. "Grandes filas repletas de jovens prontos para pegar em armas e fazer parte da defesa civil em nossa cidade."

"Estamos lutando pela democracia e por nossa escolha", acrescentou Wladimir.

"Coisas terríveis aconteceram nos últimos seis dias - homens, mulheres e crianças morrendo. Mas estou orgulhoso dos homens e mulheres que estão prontos para defender nosso país por nossos filhos."


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